terça-feira, 28 de abril de 2015

Novo laudo aponta mais cinco cavalos com a doença mormo no ES


Ao todo, cavalaria da PM vai perder 16 animais.
Animais já foram retirados das ruas e substituídos.

Do G1 ES
Um novo laudo revelou que mais cinco cavalos da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo terão que ser sacrificados por estarem com a doença mormo, nesta segunda-feira (27).
A zoonose já havia sido diagnosticada em outros 11 animais. Com a confirmação, a Polícia Militar retirou toda a cavalaria das ruas, substituindo o patrulhamento por carros e motos.
Os cinco cavalos pertencem ao regimento da Polícia Montada, que ficam no Centro de Criação da Serra, e os outros onze ao Centro de Criação de Cariacica.
O Instituto de Defesa Agropecuária (Idaf) fez o exame em 65 animais da Serra que fazem parte do rebanho. Os que foram contaminados serão sacrificados ainda nesta semana juntamente com os de Cariacica.
Doença
O mormo é provocado por uma bactéria que pode contaminar cavalos, mulas, burros, e até mesmo o homem. O doutor em medicina veterinária, Felipe Berbari, explica que nos cavalos a doença pode aparecer de duas formas.
“A versão aguda acontece geralmente em animais já debilitados e idosos. Eles terão pneumonia severa. Já na outra forma, que é a mais comum, o quadro do animal é crônico. A doença vai atacar o nariz com corrimento discreto e o animal vai apresentar um quadro de fraqueza”, fala Berbari.
Cavalos serão sacrificados ainda nesta semana (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)Cavalos serão sacrificados ainda nesta semana
(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
A doença é considerada uma zoonose por ser transmitida ao homem. De acordo com Berbari, o ser humano pode se contaminar através do utensílios utilizados no cavalo.
“Os sintomas da doença no homem são inflamação dolorosa e pneumonia. Ela é perigosa porque leva o indivíduo a óbito em até três semanas, por isso quando descoberta a doença, o animal precisa ser sacrificado”, explica o médico veterinário.
Transmissão
A doença pode ser transmitida de duas formas. Segundo Barberi, no caso que envolve os animais da Polícia Militar, as duas podem ter acontecido.
“Uma das formas é transmissão pelo ar. Mas a mais comum, é a transmissão digestiva, ou seja, a partir dos alimentos e da água. O animal com a doença vai contaminá-los com a secreção nasal que carrega a bactéria. E a partir daí, contaminará outros animais que também comem ou bebem no mesmo local”, diz o professor.
Prevenção
O Ministério da Saúde e as lei nacionais não permitem o tratamento do mormo, em função da possibilidade de transmissão no homem. Uma vez que a doença é confirmada, há a necessidade da eutanásia do animal.
“Em suspeita, o certo é isolar o animal de todo o rebanho. Depois disso, chamar os órgãos responsáveis para realizar os exames e evitar a disseminação na própria propriedade”, explica Felipe Berbari.

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