Copiloto tinha atestado psicológico para não trabalhar no dia do acidente, dizem procuradores
Copiloto derrubou avião de propósito, segundo investigação (Foto: AFP)
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A
ex-noiva de Andreas Lubitz, suspeito de ter derrubado de propósito o
Airbus 320 que matou 150 pessoas, na França, disse que rompeu o noivado
por conta dos evidentes problemas psicológicos do copiloto. Em
entrevista ao jornal 'Bild' neste sábado (28), a jovem identificada como
Maria W., de 26 anos, disse que o copiloto da Germanwings dizia
constantemente a ela: “Um dia todos saberão o meu nome”.
“Ele
me dizia ‘Um dia farei algo que vai mudar todo o sistema, e todo mundo
vai saber meu nome e lembrar dele’. Não entendia o que ele queria dizer,
mas agora faz sentido”, ela disse.
Maria
revelou que Lubitz chegou a falar sobre "avião caindo" durante um
sonho. "Andreas era um jovem muito amável e aberto nos voos, e alguém
muito doce em privado. Era alguém que precisava de carinho. Terminei com
Andreas porque era cada vez mais evidente que ele tinha um problema.
Durante discussões, se irritava e gritava comigo. No meio da noite,
acordava gritando 'Estamos caindo!'. Mas ele só me dizia que passava por
um tratamento psiquiátrico", contou.
Maria disse que o
grande sonho do copiloto era se tornar comandante da Lufthansa, e que o
acidente pode ter sido provocado em função da frustração. "Sempre
falamos muito de trabalho, e ali ele se transformava. Ficava irritado
pelas condições: pouco dinheiro, medo pelo contrato, muita pressão. Se
Andreas derrubou o avião deliberadamente, é porque entendia que, por
conta dos problemas de saúde dele, seu grande sonho de uma carreira na
Lufthansa, como capitão e um grande piloto, seria praticamente
impossível”, disse.
Em
entrevista à rede iTélé, um integrante de um clube de pilotos de
Sisteron, local muito próximo de onde o avião caiu, afirmou que Lubitz
conhecia o lugar desde a infância. O copiloto frequentou o local em 1996
e 2003.
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