Na semana passada, a Justiça Federal do Paraná aceitou denúncia do Ministério Público e tornou réu o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, sob a acusação de corrupção no rastro da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Nesta segunda-feira, o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) defendeu que se Vaccari não pedir seu afastamento do cargo, o comando nacional do partido deve fazê-lo preventivamente.
“Se ele for denunciado, e se a denúncia foi aceita como é a informação que nós temos, o partido deve pedir para que ele se afaste e, se ele não se afastar, afastá-lo preventivamente”, defendeu.
Sob pressão do comando petista, o tesoureiro tem sido pressionado a deixar o posto para evitar maior desgaste na imagem da sigla.
Vaccari, no entanto, avisou à cúpula da legenda que quer continuar no posto e pretende prestar depoimento à CPI da Petrobras, na Câmara dos Deputados, no exercício da função.
RENOVAÇÃO DO PT
Genro participou na manhã desta segunda-feira (30) de reunião como o novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, na capital paulista.
O petista defendeu que o PT passe por uma “renovação profunda” e adapte a sua visão programática ao novo ciclo econômico e social do país. “Uma profunda revisão dos pressupostos éticos e políticos que fizeram parte do próprio nascimento do partido”, disse.
Genro avaliou ainda que o atual modelo de coalizão do PT está “vencido”. Ele defendeu que se forme uma frente ampla de partidos, nos moldes do que é feito no Uruguai.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não adianta pressionar Vaccari, porque ele não vai sair do cargo. Pelo contrário, sua intenção é testar até que ponto o PT é solidário a ele, que operava as propinas do partido, mas não ficava com nada, entregava o dinheiro todo. Eis a questão. Quando Vaccari descobrir que o PT está pouco ligando para ele, vai demolir o que resta do partido. (C.N.)
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