terça-feira, 31 de março de 2015

Paraná tenta ser reconhecido como livre da febre aftosa sem vacinação


Estado deu início a processo de chancela, que pode ocorrer a partir de 2017.
Apenas Santa Catarina possui reconhecimento internacional da OIE.

Do G1 PR
Mais de 90% do rebanho em Nova Serrana foi imunizado contra febre aftosa (Foto: Prefeitura/ Divulgação) Paraná tenta chancela de área livre da febre aftosa
sem vacinação (Foto: Prefeitura/ Divulgação)
O Paraná deu início ao processo para reconhecimento como estado livre da febre aftosa sem vacinação. Para obter o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), o estado terá de comprovar capacidade de manter erradicação da doença em rebanhos de bovinos e búfalos ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Há dez anos, o Paraná é considerado área livre da febre aftosa mediante vacinação, assim como outros 23 estados e o Distrito Federal. Apenas o estado de Santa Catarina possui, atualmente, a chancela da OIE como livre da febre aftosa sem vacinação, de acordo com o Mapa.
Com o processo tendo início imediato, a previsão do governo é de que o reconhecimento ocorra a partir de maio de 2017. Segundo o governo, a mudança de status pode abrir o mercado de exportação de carne para países como Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. O estado é atualmente o nono maior produtor de bovinos do Brasil.
Conforme o governo, o estado já cumpriu a maior parte dos requisitos necessários para a chancela, restando a reestruturação dos postos de fiscalização nas áreas de divisas com São Paulo e Mato Grosso do Sul, além da nomeação de 169 servidores concursados para a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) até maio.

O processo de construção e reforma dos postos já teve início, segundo a administração, com colaboração financeira da iniciativa privada diretamente beneficiada. Outros cinco postos já existentes devem ser adequados, além de reforçadas as fiscalizações volantes que monitoram o trânsito de animais no estado.
Concluídos estes procedimentos, a etapa final é uma sorologia epidemiológica que demonstre a ausência definitiva da circulação do vírus no Paraná. Com o processo verificado pelo Mapa, o pedido de chancela deve, então, ser encaminhado para a OIE em setembro de 2016.
O estado pleiteará ainda o reconhecimento da OIE como área livre da peste suína clássica, já que as exigências são as mesmas da febre aftosa sem vacinação.

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