Jornal do Almoço mostrou clima de incerteza nos corredores da unidade.
Governo de SC diz que houve impasse com empresa prestadora do serviço.
Com uma câmera oculta, a reportagem mostrou o clima de incerteza no Regional. “Não tem material no hospital. Acabei de voltar da direção, a gente foi lá reclamar”, diz uma mulher . “Só a partir de segunda-feira vai ser normalizado. Tá desde semana passada”, afirma outra.
Um paciente que se identificou como Fernando aguarda há mais de um mês por uma cirurgia, que já foi cancelada três vezes. Nesta terça-feira (31), quando a equipe da RBS TV esteve no local, ele se preparava para a operação, mas não tinha certeza de que ela aconteceria. “Falaram para ficar em jejum, que talvez podem fazer, talvez não.”
“Se te botaram de jejum é porque tem um projeto pra levar”, diz uma funcionária. “Agora, se vai dar certo, só Deus sabe.”
Aviso no corredor
Na segunda-feira (30), a direção do Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis, fixou um comunicado no corredor: "Sem programa cirúrgico por dificuldade com material estéril". Nesta terça (31), o aviso não estava mais no local.
Já no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, as crianças ficaram sem nebulização pelo mesmo motivo no último fim de semana. Um aviso também foi colocado no hospital. O diretor da unidade, Carlos Schoeller, afirma que o problema do fim de semana já foi “totalmente solucionado”
Impasse
Segundo o governo estadual, a empresa que presta o serviço há 15 anos passou a cobrar mais do que o dobro do valor do ano passado. “Estava acima do nosso preço de referência. Foi feito um contrato emergencial com outra empresa, com preço menor”, diz Márcio carvalho, diretor de Planejamento da Secretaria de Saúde de Santa Catarina.
A nova empresa, porém, não conseguiu atender ao volume de trabalho, diz Carvalho. Por isso, ele afirma, foi feito um novo contrato com a mesma empresa do ano passado, pelo preço de referência. “Esse contrato emergencial dura três meses, e nesse período vamos reavaliar a licitação”, afirma o diretor.
“Foi feita uma triagem dos materiais mais urgentes”, diz Gilberto Seemann, gerente de custos da Secretaria de Saúde. “Isso fez com que todas as cirurgias de emergência fossem mantidas, e as eletivas foram transferidas para os próximos dias”, afirma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário