segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Jovem artesão de Ariquemes, RO, transforma canos de PVC em abajures


Marcelo largou o emprego de vendedor para se dedicar ao talento.
Venda de abajures é a única fonte de renda; lucro mensal é de R$ 2 mil.

Franciele do Vale Do G1 RO
Lâmpadas são acopladas na base do cano, com um pedaço de MDF. Para dar efeito de alto relevo, ele usa a ferramenta esmeril (Foto: Franciele do Vale/G1)Lâmpadas são acopladas na base do cano, com um pedaço de MDF. Para dar efeito de alto relevo, ele usa a ferramenta esmeril (Foto: Franciele do Vale/G1)
Nas mãos habilidosas de Marcelo Nascimento, de 22 anos, morador de Ariquemes (RO), um simples cano de PVC se transforma em abajur. Há dois anos, ele largou o emprego de vendedor para se dedicar ao talento, e notou que o antigo hobby poderia se tornar uma nova fonte de renda, e de oportunidades para sua vida.

O artesão conta que não estava feliz no emprego e, certo dia, pesquisando na internet, encontrou um vídeo de um homem do Ceará, que fazia os trabalhos com canos de PVC. Ele se interessou e passou a trocar contatos com o cearense, que lhe enviou apostilas e o ensinou a fazer as peças. “Desenho desde criança e sempre tive facilidade com os trabalhos manuais. Vi o vídeo, e percebi que eu também era capaz de fazer. Os primeiros resultados não foram bons, mas aos poucos fui melhorando”, disse.

Marcelo Nascimento largou emprego de vendedor para se dedicar ao talento (Foto: Franciele do Vale/G1)Marcelo largou emprego de vendedor para se
dedicar ao talento (Foto: Franciele do Vale/G1)
Marcelo começou a divulgar seu trabalho em portas de igrejas católicas, vendendo os abajures com imagens santas. As peças foram bem aceitas, e ele passou a receber encomendas também de lojas do município e de Porto Velho. Atualmente, ele confecciona cerca de dez peças por dia, e os valores variam de R$ 30 a R$ 60.  A venda dos abajures é a única fonte de renda do jovem, que por mês tem lucro médio de R$ 2 mil. “Pretendo expandir a venda dos abajures para outras cidades, por isso vou aumentar a produção, mas é um projeto para o futuro”, destacou o rapaz, revelando ainda que também sonha cursar Engenharia, mas não pretende largar o artesanato.
A confecção das peças
A base do trabalho artístico, são canos de plásticos usados em construções. Marcelo conta que recolhe os materiais que sobram das obras, e outros compra nas lojas de materiais de construção, já que é exigente, e para fazer um abajur bonito e resistente, os canos precisam ser de boa qualidade.

A varanda da casa de Marcelo se tornou o ateliê, onde ele corta os canos, faz os desenhos e acabamentos. As lâmpadas são acopladas na base do cano, com um pedaço de MDF. Para dar efeito de alto relevo, ele usa a ferramenta esmeril. Os desenhos são feitos por ele, manualmente. Cada peça leva de uma a três horas para ficar pronta. O jovem artesão conta que o tempo de confecção depende do modelo e desenho do abajur. É um trabalho de habilidade, mas também de paciência. “É uma terapia. Faço cada peça com muito carinho e cuidado”, finalizou.

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