domingo, 1 de fevereiro de 2015

Indústrias de bonés estão vencendo a concorrência chinesa com inovação


Por mês, 150 empresas de Apucarana, no PR, fabricam 5 milhões de peças.
Empresários dizem que agilidade e criatividade são os atrativos do negócio.

Do G1 PR, com informações da RPC Londrina
Na semana nacional do boné, a cidade que mais fabrica o acessório do Brasil comemora o aumento no número de pedidos. Isso porque, diferente de outros setores da economia, as empresas instaladas em Apucarana, no norte do Paraná, estão conseguindo vencer a dura concorrência dos produtos chineses.

As 150 empresas da cidade fabricam cinco milhões de peças por mês, ou seja, mais da metade da produção brasileira. O número impressionante é reflexo de estratégias adotadas pelas fábricas para frear a invasão chinesa. “Estamos em uma fase boa. Com isso, a concorrência fica mais equilibrada”, diz um empresário.

Segundo a associação das empresas, se antes os bonés fabricados na China eram responsáveis por 40% do mercado, agora essa participação não chega a 20%. O avanço brasileiro é resultado de um esforço criativo que lança uma novidade atrás da outra. “Uma das nossas vantagens, em relação ao mercado asiático, é que temos mais agilidade”, pontua outro fabricante.

A inovação não ocorre apenas no design do acessório, mas em todos os setores. Às vezes, uma ideia simples pode representar economia e aumento na produção.

Do pequeno laboratório do mecânico Claudir, saem peças que mudam a rotina da fábrica de bonés. Um protetor instalado nas máquinas de costuras evita acidentes com agulhas quebradas. Dois modelos de guilhotinas cortam aparas durante a costura. Antes o serviço era feito com tesoura, que foi aposentada de vez.
E essa eficiência é medida na hora. Cada máquina tem um contador que mostra a produção das costureiras. “Nós precisamos da contagem correta, para que cada um faça o trabalho da forma mais adequada”, explica o inventor.
São as armas nacionais, de Apucarana, na guerra contra os bonés importados.

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