O Clube Militar publicou em seu site nota em que critica duramente o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por seu discurso durante ato em
defesa da Petrobras, na última terça-feira (24), no Rio. O texto chama
Lula de "agitador" e o acusa de incitar a discórdia. "É inadmissível um
ex-presidente da República pregar, abertamente, a cizânia na Nação", diz
a nota. A associação, composta por oficiais da reserva, se queixa da
fala do ex-presidente, quando disse que os petistas também sabem brigar
"sobretudo quando o (João Pedro) Stédile (líder do MST) colocar o
exército dele nas ruas". A declaração foi feita durante discurso a
militantes que participavam do ato, cujo objetivo era defender a estatal
em razão dos desgastes provocados pelas investigações de
irregularidades. Stédile era um dos presentes no ato. A fala gerou
resposta dos militares. "Neste país sempre houve e sempre haverá somente
um exército, o Exército Brasileiro, o Exército de Caxias, que sempre
nos defendeu em todas as situações de perigo, externas ou internas",
afirma o texto, repudiando a declaração do ex-presidente. O texto
questiona ainda a real intenção da manifestação de Lula e sugere que o
petista teme as investigações em curso na Operação Lava-Jato. "O que há
mais por trás disso? Atitude prévia e defensiva de quem teme as
investigações sobre corrupção em curso?". Os petistas que protestaram no
centro do Rio são criticados por mostrarem "despreparo com as lides
democráticas" e acusados de reagirem fisicamente aos que gritavam 'fora,
Dilma'. "Reagiram inconformados como se só a eles coubesse o "direito"
da crítica aos atos de governo". (Estado de Minas)
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