Foto: Agência Brasil
Ministro da Fazenda, Joaquim Levy
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, apresentou hoje (28) ao
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, um estudo que mostra o peso dos
impostos na indústria de transformação brasileira. Com base em dados
oficiais da Receita Federal, a Firjan critica a carga tributária no
setor, calculada em 45,4% do seu Produto Interno Bruto (PIB). “[Isso]
significa que quase metade de tudo que é produzido pelo setor é
direcionado para o pagamento de tributos”, diz o estudo. Segundo a
Firjan, a indústria tem a mais elevada carga tributária entre todos os
setores, “praticamente o dobro da incidente sobre a atividade produtiva
como um todo”. Após o encontro, Vieira disse que visitou o ministro para
cumprimentá-lo e para dar apoio pelas medidas adotadas na área
econômica. Embora reconheça que “as contas públicas precisam e devem ser
equilibradas”, Vieira ressaltou ter alertado o ministro para a
necessidade de um equilíbrio fiscal que atinja, “da menor forma
possível, as empresas e, portanto, o emprego”. O presidente da Firjan
informou também que conversou com o ministro Joaquim Levy sobre a
“flexibilização da relação de trabalho com a terceirização da mão de
obra”, que está em discussão no Congresso Nacional. Segundo ele, caso a
proposta seja aprovada pelos parlamentares, buscará uma indústria mais
eficiente. De acordo com Vieira, o ministro mostrou-se interessado em
uma interlocução permanente com o setor produtivo. Sobre a condução da
nova política econômica, Vieira destacou a postura zen (tranquila) de
Joaquim Levy . “Ele é zen e está tranquilo. Aceitou o desafio. Não é
trivial, não. Estava lá, entre o Rio e São Paulo, às 5h, com o dever
cumprido. Tranquilo. E vem para Brasília. É um desprendimento mais do
que louvável”, afirmou o presidente da Firjan.
Daniel Lima, Agência Brasil POLITICA LIVRE
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