Luis
Dufaur (*)
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A jornalista política da BBC
na Irlanda do Norte, Martina Purdy, uma das mais conhecidas repórteres, vai
deixar sua carreira de 25 anos para ingressar numa ordem religiosa
contemplativa, noticiou o jornal inglês “The
Telegraph”.
Martina anunciou pelo Twitter que escolheu “uma vida completamente diferente” na congregação das Irmãs Adoradoras de Belfast. Desde 1991 ela cobria a política norte-irlandesa e sua decisão deixou desconcertado o establishment político-midiático do país. Martina foi à procura de algo muito mais importante: a Adoração Reparadora do Santíssimo Sacramento. “Peço orações – disse ela – ao embarcar nesse caminho com toda humildade, fé e confiança”. A decisão da jornalista causou enorme impacto na Irlanda. Martina disse ter ficado “verdadeiramente sobrecarregada” de mensagens de apoio, mas esclareceu que não comentaria mais o assunto, pois seus pensamentos estão todos postos na vida religiosa. Muitas pessoas custavam acreditar, até quando ela apareceu indo à Missa dominical rodeada de religiosas do Convento da Adoração de Belfast. O instituto de freiras adoradoras, que já foi muito numeroso, estava vivendo uma severa crise após as modernizações de costumes e hábitos no período “pós-conciliar”.
Exemplos edificantes como o
de Martina Purdy não são raros na história da Igreja, e até houve artistas ou
mulheres do “jet-set” de grande destaque que abandonaram o mundo para abraçar
uma vida severa de penitência e oração, até mesmo em Carmelos.
Mas casos como o dela estão se tornando mais frequentes nos nossos dias, diante da frustração da vida moderna e a retomada da disciplina e das práticas tradicionais em certas Ordens da Igreja. Sobretudo, uma especial e crescente ação da graça divina em certas almas nesta época de caos e desagregação religiosa.
(
* ) Luis Dufaur é escritor e colaborador da ABIM
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