Para combater a violência é preciso implantar uma nova política
de drogas, que contemple a legalização de todas as substâncias, já que
atualmente a guerra às drogas mata mais do que o consumo delas, de
acordo com o cientista político e delegado da Polícia Civil Orlando
Zaccone. Segundo ele, além da desmilitarização das polícias para
diminuir o número de mortes, é fundamental que a “irracionalidade” que
envolve a questão das drogas seja desconstruída. “Eu sou policial e
participo de uma associação internacional formada por policiais a favor
da legalização, como marco para reduzir a violência provocada por uma
guerra que não protege o que diz que quer proteger, porque se diz que o
combate ao comércio dessas substâncias é para proteger a saúde, mas em
detrimento disto se produz muito mais letalidade”, destacou. Ele diz que
o Brasil foi o primeiro país a proibir a maconha, e fez isso num ato
racista, já que a planta era consumida pelos escravos. Para Zaccone, a
legalização vai fazer com que o mercado das substâncias deixe de ser
violento.“Você não tem um mercado de fármacos com violência – de tabaco,
do álcool, nem do rivotril, nem da ritalina – porque são drogas legais.
O que cria a violência não é a droga, é a proibição. O exemplo da Lei
Seca nos Estados Unidos é muito claro, quando se proibiu o álcool nos
Estados Unidos o resultado da violência foi que crianças morriam sem
nunca ter usado álcool, porque estavam no meio da briga de gangues, do
Al Capone”, ressaltou. POLITICA LIVRE
Agência Brasil
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