Marcelo Prates/Hoje em Dia
Jenipapo sem dono e ao alcance das mãos nas ruas de BH
Segundo o professor de Botânica do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG João Renato Stehmann, embora deem frutos com menos frequência e de qualidade inferior aos cultivados em pomares, essas espécies são capazes de resistir à poluição e à falta de cuidados.
Mas proeza maior é a das abelhas, principais responsáveis pela polinização desses vegetais. “Por isso é tão importante que as cidades mantenham as áreas verdes”, afirma Stehmann.
Proprietária de uma loja de roupas próxima a um mamoeiro, na rua Gonçalves Dias, Maria Augusta Nascimento de Figueiredo confessa que não acreditou que a árvore sobreviveria em um ambiente “improvável”. “Em pleno centro urbano, pensei que ela não ia vingar, mas acabou dando muitos mamões”.
No bairro Nova Cintra, região Oeste, a parreira da rua Tombador tornou-se patrimônio da comunidade há quase três décadas. Pelo menos três vezes por ano, entre 15 e 20 quilos de uvas são colhidos e distribuídos aos moradores. “Todo mundo cuida da parreira, não deixamos ninguém destrui-la”, diz o dono da mercearia que fica bem em frente às frutas, José Antônio Ventura.
“É uma uva muito docinha e muita gente vem aqui para ver de perto”, emenda o morador José Luiz Rodrigues.
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