quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Sobe de 4 para 12 casos confirmados de chikungunya em Oiapoque



Número triplicou desde o dia 26, quando 4 pessoas estavam com o vírus.
Todas as contaminações aconteceram em território amapaense.

Abinoan Santiago Do G1 AP
Novos dois casos da doença foram confirmados em Oiapoque (Foto: Abinoan Santiago/G1)Novos casos da doença foram confirmados em
Oiapoque (Foto: Abinoan Santiago/G1)
Saltou de 4 para 12 o número de casos confirmados de contaminação interna do vírus chikungunya, em Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá. O novo balanço foi divulgado na tarde desta quarta-feira (1º) pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS), no Amapá. Os casos suspeitos da doença em todo o estado também tiveram crescimento, passando de 158 para 213.
Houve alteração ainda na quantidade de casos suspeitos em Macapá, saltando de 15 para 20 notificações da doença. Em Santana, a 17 quilômetros da capital amapaense, permanecem dois casos suspeitos. Todos aguardam o resultado dos exames realizados pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém, no Pará.
De acordo com a chefe da divisão de Vigilância Epidemiológica da CVS, Iracilda Pinto, o aumento dos casos confirmados em Oiapoque servirá para traçar novas estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypt, transmissor do chikungunya.
Em Oiapoque, equipes utilizam o fumacê e fazem visitas a casas para inibir uma possível epidemia da doença. O número de casos provocou o Município a decretar situação de emergência no dia 25 setembro, após o registro de quatro casos confirmados da doença em setembro.
Registros
A chegada do vírus ao Amapá foi anunciada pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS) em junho de 2014. Em agosto, o estado registrou dois casos importados da doença, contraídos em Guadalupe e na Guiana Francesa, país que faz fronteira com Oiapoque.
Sintomar da febre chikungunya (Foto: Reprodução/TV Globo)Sintomas da febre chikungunya
(Foto: Reprodução/TV Globo)
A doença
O vírus chikungunya foi identificado pela primeira vez entre 1952 e 1953, durante uma epidemia na Tanzânia. Mas casos parecidos com essa infecção – com febres e dores nas articulações – já haviam sido relatados em 1770. O agente transmissor é o mosquito Aedes aegypti, mesmo causador da dengue, e aedes albopictus.
Quais são os sintomas?
Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.
Tem tratamento?
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.

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