quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Seguro pessoal ainda é pouco usado no Brasil


Segundo estudo da Fenaprevi, apenas 35% dos brasileiros tomam alguma iniciativa para evitar imprevistos
 
 
Menos de um quinto dos brasileiros contratam algum tipo de seguro para situações de emergência ou planejamento para estudos e aposentadoria. É o que diz um estudo inédito da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), que indica que apenas 35% da população toma alguma iniciativa para evitar imprevistos no futuro e 18% acabam contratando um seguro pessoal.
Os dados foram divulgados no VII Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada. Foram ouvidas mais de 1,5 mil, de todas as classes sociais em 70 cidades das cinco regiões do Brasil.
Hoje, o principal investimento dos brasileiros ainda está na caderneta de poupança, seguido por compra de imóveis e ações.
Cerca de 66% dos entrevistados disseram se preocupar com o futuro, mas pouco menos da metade decide investir. O montante da população que considera importante um seguro complementar está concentrado majoritariamente nas classes A, B e C e vivem nas regiões Sul e Sudeste.
Para o presidente da Fenaprevi, Osvaldo do Nascimento, os números não assustam, já que a população se considera protegida por algum tipo de benefício social. “Na prática, toda pessoa com carteira assinada está coberta pela Previdência Social e pelo seguro-desemprego, e há outros seguros o­brigatórios, como o DPVAT”, diz.
Segundo ele, o desafio das seguradoras é aumentar o número de clientes em uma sociedade que considera serviços como a aposentadoria uma obri­gação do Estado. Mas afirma que a própria realidade brasileira pode fazer com que as pessoas pensem em contratar um seguro complementar.
A média de expectativa de vida do brasileiro é de 74 anos, de acordo com o IBGE. A projeção é que até 2060 os idosos representem um quarto da população. Isso significa a diminuição no número de jovens e adultos, que formam a população economicamente ativa.
“Uma parcela muito pequena da população tem renda acima do teto na Previdência Social. Mas há um terreno de pessoas que entendem que o Brasil caminha na linha de revisar gradualmente o benefício para oferecer somente as garantias mínimas porque não terá riqueza suficiente para atender toda a população”, estima.
Números
As seguradoras que operam no segmento movimentaram no acumulado de janeiro a agosto deste ano mais de R$ 17 bilhões em prêmios -expansão de 2,33% em relação ao mesmo período de 2013.
O seguro viagem foi a modalidade que registrou maior crescimento relativo, com crescimento de 34,40% e prêmios de R$ 91,5 milhões. Em seguida está o seguro funeral, com crescimento de 21,06%.
O mercado de seguros –como acidentes pessoais, vida, viagem, educacional, microseguro, entre outros – somou nos primeiros oito meses de 2014 mais de R$ 17 bilhões em prêmios. (Folhapress)

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