terça-feira, 28 de outubro de 2014

Proposta de plebiscito para reforma política desagrada a senadores


A reforma política e a proposta da presidenta reeleita Dilma Rousseff, de plebiscito sobre o assunto, foram os primeiros temas repercutidos pelos senadores na tarde de hoje (28), quando começaram a voltar ao Congresso para retomar as atividades legislativas, depois de quase três meses de recesso branco. Logo que chegou à Casa, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu que se faça referendo – e não plebiscito – sobre a reforma política. Ele já tinha divulgado nota pública ontem (27) na qual destaca que a sociedade quer ser “protagonista neste processo”. Renan acredita que o melhor caminho é o Congresso discutir o assunto, aprovar uma nova lei e submetê-la à sociedade para ser referendada ou rejeitada. “Você fazer um plebiscito, responder sim ou não para depois o Congresso votar, é uma coisa que vai se delongar. O referendo não. Primeiro você vota a lei e depois referenda ou não a lei”, alegou o presidente. Renan defende a consulta popular, e disse que a forma como será feita é apenas uma questão técnica. “Eu sempre defendi o referendo. É importante frisar, essa decisão se é referendo ou plebiscito é uma questão técnica. O que convém mais para ouvir a sociedade de uma maneira precisa? É votar um plebiscito, para dizer sim ou não? Ou votar uma lei e submetê-la à sociedade, como nós fizemos na venda de armas e munições? Eu acho uma questão técnica, o Congresso depois decidirá ”, questionou Renan. O líder do PT no Senado, Humberto Costa, de Pernambuco, também defendeu a consulta popular, mas nos moldes propostos pela presidenta Dilma. Para ele, as urnas mostraram que as manifestações de junho de 2013 não foram contra o governo petista, e sim por mais participação da sociedade no processo decisório, o que será contemplado pelo plebiscito da reforma política. POLÍTICA LIVRE

Mariana Jungmann, Agência Brasil

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