Revista educativa será distribuída gratuitamente em escolas e hospitais.
João comemora após dois anos de transplante e tem vida normal, diz mãe.
João Bombeirinho ficou conhecido pelo sonhode ser bombeiro (Foto: Arquivo pessoal)
Na revista, página após página, ele ensina como se tornar um doador de medula e busca outros heróis para ajudar a salvar novas vidas. O lançamento será às 19h desta segunda-feira (27), na Associação Comercial e Empresarial de Maringá, no norte do Paraná. O menino completa nove anos em novembro deste ano.
"Ficou super bacana a revista. Buscamos retratar tudo o que o João passou até conseguir um doador. Também lembramos a questão do preconceito e das dúvidas das pessoas com relação à doação", destaca a mãe de João e autora do projeto – Ana Paula Stevam. Segundo ela, o objetivo principal da publicação é incentivar a doação de medula de uma forma divertida. "Tem caça-palavras, quebra-cabeças e espaço para colorir", acrescenta Ana. Para esta primeira edição da revista serão distribuídos mil exemplares.
Revista educativa será distribuída gratuitamenteem escolas e hospitais
(Foto: Ana Paula Stevam / Arquivo pessoal)
A família descobriu que João tinha leucemia em 2007. Desde o transplante, realizado com sucesso pelos médicos do Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba, João adquiriu algumas bactérias e apresentou reação à medula, mas atualmente vive uma vida normal. " Ele está bem, já tirou o cateter, e vive uma vida como qualquer criança", destaca Ana Paula.
A doadora que salvou a vida do menino mora em Miami, nos Estados Unidos. Em entrevista ao G1 recentemente, ela declarou que faria a doação novamente caso fosse preciso e que ficou emocionada ao conhecer João pessoalmente. "Ele agora é um filho de alma", destacou a doadora. Os dois se conheceram em uma cerimônia especial em Manhattan no dia 15 de outubro.
Veja como doar medula óssea
O número de voluntários cadastrados para doar medula óssea em todo o Paraná atualmente é de 400 mil. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, até fevereiro deste ano o estado liderava a lista de voluntários no país, que passa de 3 milhões de pessoas. A média de cadastro semanal nos bancos de sangue do estado é de 600 pessoas. O cadastro pode ser feito em qualquer banco de sangue. Somente na rede do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) são 22 postos.
O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea foi criado em 1993, passando a funcionar no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva - INCA, a partir 1998.
Para efetuar o cadastro, o candidato deverá apresentar um documento oficial de identidade com foto. O voluntário não pode ser usuário de drogas e não ter tido nenhum tipo de câncer ou doença hematológica, mesmo que já estejam curados. No momento do cadastro serão coletados de 5 ml a 10 ml de sangue. Não é necessário estar em jejum, porém, é preciso evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a coleta.
Se for verificada compatibilidade com algum paciente cadastrado o doador é, então, convocado para fazer testes confirmatórios e realizar o procedimento.
João pode agredecer pessoalmente a doadora de medula que salvou a vida dele (Foto: Divulgação / Icla da Silva )
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