quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Grávida luta para retirar feto que morreu há cerca de 20 dias


Moradora de Luziânia tentou atendimento em três hospitais, sem sucesso.
Ela foi internada no DF e está sendo medicada para indução de parto natural.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Mulher luta para retirar feto morto a 20 dias dentro de sua barriga, em Luziânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Maria e o marido enquanto esperavam por atendimento para retirar feto (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Grávida de oito meses, a dona de casa Maria de Fátima Dorado Moreira, de 47 anos, está fazendo uma verdadeira peregrinação para tentar retirar o feto que está morto há pelo menos 20 dias. Ela e o marido, o auxiliar de produção Antônio Carlos Fagundes, de 51, que vivem em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, passaram por três hospitais até que ela conseguisse ser internada na noite de terça-feira (30).
Vizinha da família, a também dona de casa Simone Gonçalves conta que Maria de Fátima estava preocupada devido ao bebê não se mexer muito. Por conta disso, realizou uma ecografia que comprovou a morte do bebê. Inicialmente, ela foi até o Hospital Materno Infantil de Luziânia, mas não conseguiu atendimento.
De lá, ela foi levada de ambulância para o Hospital Regional do Gama (HRG), no DF, onde chegou a ser atendida, mas não foi internada. "O médico atendeu e falou que não ia retirar [o feto] lá, pois Luziânia que tinha a obrigação de fazer. Nem olhou nela. Perguntei como a gente iria embora e ele disse que era problema nosso", acusa.
Diante da negativa, o casal seguiu para o Hospital Regional de Luziânia, onde foi informado de que a unidade não estava apta a realizar o procedimento. "Estou sofrendo muito, perdi meu filho e minha mulher está sofrendo", lamentou Antônio Carlos.
Somente à noite, após acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), é que ela foi levada novamente para o Hospital Regional do Gama, onde foi finalmente internada.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do DF informou, em nota, que o feto só pode ser retirado de forma natural, porque a paciente sofre de hipertensão e diabetes, o que impossibilita o procedimento cirúrgico. Diante disso, ela está recebendo medicamentos que induzem o parto natural.
Sobre a negativa em internar a mulher, a secretaria disse que vai investigar o caso "com o maior rigor possível" e, caso seja constatada alguma irregularidade, as medidas cabíveis serão tomadas.
Mulher luta para retirar feto morto a 20 dias dentro de sua barriga, em Luziânia, Goiás 2 (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Maria recebe antendimento em ambulância antes de sere internada (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

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