quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Del Carmen confirma vínculo com Dalva Sele, mas diz que dinheiro era dívida


Por: David Mendes (Twitter: @__davidmendes) - BOCÃO NEWS
A deputada estadual Maria del Carmen (PT) negou, nesta quarta-feira (1º), que o comprovante de transferência de dinheiro feita em 2006 pelo Instituto Brasil a uma conta do seu irmão, Francisco Fidalgo Sanchez, não tem relação com um possível financiamento de campanha.

Reportagem do jornal Correio da Bahia publicada hoje mostrou que Sanchez recebeu R$ 35 mil da ONG comandada por Dalva Sele Paiva, pivô das denúncias de um suposto desvio de verbas do Fundo Estadual de Combate à Pobreza em benefício de campanhas petistas.




Comprovante apresentado por Dalva Sele

Segundo Del Carmen, o repasse do dinheiro da conta da entidade para a conta do seu parente está vinculado “exclusivamente ao pagamento de uma dívida” que foi contraída por Dalva junto ao irmão da parlamentar petista.

“Ressalta-se que Francisco nunca ocupou nenhum cargo no governo [Jaques] Wagner ou órgãos correlatos e tem todos os comprovantes da movimentação bancária relativa à dívida contraída em dezembro de 2004 e paga em 25 de janeiro de 2006”, afirmou Del Carmen, em nota enviada à imprensa.
A deputada não especificou como Dalva contraiu dívida com seu parente. 

Segundo a política, que comandou a Conder antes de se tornar deputada, a data da transferência demonstra o que chamou de “versão mentirosa” apresentada por Dalva, já que não houve campanha eleitoral no início do ano citado. O pleito foi realizado só em outubro do mesmo ano.


Dinheiro foi repassado de conta da ONG para conta de Francisco Fidalgo

Reportagem do Bocão News mostrou que Dalva Sele teve seu primeiro registro na vida pública em 1993, quando assumiu a chefia de gabinete da extinta Superintendência de Manutenção e Conservação de Salvador (Sumac), hoje Sucop. Na época, o órgão municipal era dirigido por Del Carmen. Em 1995, Maria Del Carmem se tornou secretária municipal de Infra-Estrutura e Saneamento da capital baiana, na gestão Lídice da Mata, e Dalva acompanhou a petista, então tucana, e passou a ser a número dois também da pasta municipal, onde ficou até o final da administração soteropolitana, em 1996.

“Maria del Carmen repudia a forma que Dalva Sele tem usado para tentar comprometer a trajetória de políticos com longo histórico de serviços prestados à população baiana, com objetivo obviamente eleitoreiro. Em 39 anos de vida pública, centenas de convênios e contratos foram assinados sob gestão de Maria e nenhum é alvo de investigação ou denúncia”, afirmou.

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