sábado, 4 de outubro de 2014

Criadores do sul de MT melhoram renda com derivados de leite


Com selo do SIM, produtos são vendidos em mercados de Rondonópolis.
Os derivados garantem à família Paiva uma renda líquida de R$ 3 mil/mês.

Do G1 MT
Teteiras de ordenha devem estar higienizadas para evitar contaminação (Foto: Reprodução/EPTV)Família Paiva investiu em um ordenhadeira e
passou a fazer a ração de milho na propriedade
(Foto: Reprodução/EPTV)
Com o litro de leite sendo vendido a uma média de R$ 0,87 por litro, uma família de pequenos produtores de Rondonópolis, região Sul de Mato Grosso, aposta da fabricação de derivados, como o doce de leite e o queijo frescal, para aumentar a renda. Os produtos possuem o selo do Serviço de Inspeção Municipal (Sim), que garante qualidade e procedência legal, permitindo sua comercialização em mercados do município.
O negócio deu tão certo que há dois meses eles montaram dentro da pequena propriedade o sistema mecanizado de ordenha, que otimiza o trabalho até então feito manualmente.
A maioria das 30 vacas que produzem leite são girolandas e treze estão em lactação. A ordenha que até então era manual agora é feita pela ordenhadeira, que é feita em três animais ao mesmo tempo. Os investimentos nos equipamentos chegaram a R$ 30 mil.
 “No manual você gastaria hoje, vamos dizer, para tirar leite dessas vacas, em torno de duas horas. Hoje você gasta em torno de 45 minutos no máximo, uma hora folgado, trabalhando folgado”, conta o pecuarista Dijalma Pereira de Paiva.
Para diminuir custos, a ração com milho passou a ser preparada no sítio mesmo, o que garantiu uma economia de mais de 50%. O gasto por semana, que era de R$ 500, agora passou para R$ 230.
“Se você for pôr na caneta o cálculo da ração, não compensa. O preço fica muito caro. Então é melhor você partir para fazer um derivado do leite do que vender o leite in natura”, calcula ele.
Por dia, a família consegue uma produção de 80 a 100 litros de leite. Depois de ajudar na ordenha, a esposa de Dijalma, Maria de Fátima do Vale Paiva, segue para a segunda etapa do trabalho e, após a higienização e uniformizada, segue para o espaço onde produz queijo.
O local é fiscalizado pelo Serviço de Vigilância Sanitária do município. O secretário municipal de agricultura, Renato Mendes Vieira, explica que, após a solicitação, o veterinário disponível vai até a propriedade. “Além de virmos fazer uma vistoria na pequena indústria, depois fazemos um acompanhamento até para ele melhorar a sua produção e colocar um produto de boa qualidade no mercado”, diz Vieira.
Na propriedade são produzidos de dez a 15 queijos frescais por dia entregues por R$ 13 por quilo ao mercado, que revende a quase R$ 20/quilo. “Nesses R$ 13 que vendemos perdemos mais 12% de ICMS e o mercado tem o acréscimo dele, que eleva o produto”, afirma Maria. Os produtos rendem à família R$ 3 mil reais líquidos por mês.

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