Bahia 247 - O Ministério Público do Estado da Bahia
(MPE-BA) começou nesta quarta-feira (1°) a disponibilizar os documentos
apresentados pela presidente do Instituto Brasil, Dava Sele Paiva, que,
segundo ela, provará suas denúncias de que a ONG servia para desviar
dinheiro para formação de caixa 2 para campanhas do PT.
Entre os documentos, estão alguns divulgados pelo jornal Correio* na
edição de hoje. São recibos e transferências de grandes valores a
assessores e parentes de políticos petistas. Um dos comprovantes seria a
cópia de um recibo de 2008 assinado por um dos secretários de campanha
para prefeito de Walter Pinheiro (PT) em 2008, segundo Dalva. Reprodução
mostra uma rubrica de Alisson Santos de Souza, o suposto assessor do
senador petista, confirmando o recebimento de R$ 60 mil relacionado a
"serviços prestados".
Há também cópia de comprovante de transferência eletrônica feita por
meio de uma conta da ONG no banco Bradesco no valor de R$ 35 mil, em
2006, em que o favorecido seria o irmão da deputada estadual Maria Del
Carmen (PT), Francisco Fidalgo. Segundo Dalva, o dinheiro seria para a
campanha de Del Carmen para vereadora de Salvador, ano que ela não
conseguiu se eleger.
Outro comprovante do mesmo tipo teria sido para o presidente da
Embratur e ligado ao PCdoB Vicente Neto. Em resposta ao jornal, ele
afirma nunca ter recebido qualquer pagamento da referida instituição e a
"calúnia" seria respondida judicialmente. Ainda segundo o também
ex-dirigente da CUT, trataria de um depósito feito por ele mesmo na sua
conta pessoal.
No conjunto de cópias relacionadas à folha de pagamento da ONG, foram
enviados seis cópias de contracheques em que são atribuídos a parentes
de políticos do PT e da base aliada. Uma traz cópias do nome de Sandra
Helena Pelegrino Marques, que seria a irmã do deputado federal Nelson
Pelegrino (PT) e ex-administradora da ONG entre julho e outubro de 2006.
Outro familiar seria o primo de Pelegrino, Gabriel Portela, que
aparece como coordenador de projetos da ONG. Já André Fidalgo, o filho
de Maria Del Carmen, teria exercido o cargo de coordenador entre
setembro de 2005 e junho de 2006.
As acusações são todas baseadas nos depoimentos de Dalva ao Correio,
para provar de que ela era conhecida entre os petistas, ao contrário das
declarações de alguns políticos.
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