quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Brasil no pé de ranking da qualidade de vida do idoso


Agência France-Presse


Wesley Rodrigues/Hoje em Dia
Brasil no pé de ranking da qualidade de vida do idoso
NOTA RUIM – Os principais problemas apontados pelos idosos brasileiros são a falta de segurança

LONDRES – O Brasil ocupa o 58º lugar no ranking de qualidade de vida para os integrantes da terceira idade, uma posição bem abaixo da média global. Entre os 96 avaliados, a Noruega ocupa o primeiro lugar, seguido da Suécia, Suíça, Canadá e Alemanha. O levantamento foi realizado pelo Global Age Watch 2014, divulgado nessa quarta-feira (1º) por ocasião do Dia Internacional do Idoso.
O motivo de o Brasil, a maior economia latino-americana, aparecer em uma posição tão desconfortável, se deve à insatisfação da população idosa com relação à segurança e aos transportes públicos. A classificação Global Age Watch 2014, que é elaborada todos os anos pela organização britânica de ajuda à velhice HelpAge International, é o único estudo que aborda a questão da terceira idade.
É o resultado da combinação de vários documentos de instituições internacionais e de fatores como renda, saúde (expectativa de vida e bem-estar psicológico), transportes, possibilidade de trabalho ou educação e segurança.
Na América Latina, a Venezuela é um dos piores países do mundo para os idosos viverem e aparece em 76º lugar.
O Brasil, por sua vez, está muito atrás do Chile (22), Uruguai (23), Panamá (24), Costa Rica (26), México (30), Argentina (31), Equador (33), Peru (42), Bolívia (51), Colômbia (52), Nicarágua (54), El Salvador (57). O Brasil só está à frente da República Dominicana (62), Guatemala (63), Paraguai (66) e Honduras (75).
As pessoas com mais de 60 anos formam 12% da população mundial, ou seja, 868 milhões de pessoas. Calcula-se que em 2050 serão 21%, quase o mesmo número dos menores de 15 anos (2 bilhões).
Os autores do estudo afirmam que “o índice indica que apenas o crescimento econômico não basta para o bem-estar das pessoas mais velhas e que é preciso adotar políticas específicas que abordem as implicações de envelhecer”.
No caso da América Latina, o relatório elogia a expansão das pensões sociais concedidas, apesar de muitos idosos não contribuírem com a previdência social durante a vida trabalhista.

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