sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Ambulâncias do Samu de Caroebe, RR, não funcionam, diz enfermeira


Vereador diz que 'situação é vergonhosa' e população se sente humilhada.
Saúde do município informou que ambulâncias funcionarão até sexta (31).

Emily Costa Do G1 RR
Ambulância (Foto: Arquivo pessoal)Ambulâncias estão em situação precária, segundo
enfermeira (Foto: Arquivo pessoal)
As duas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Caroebe, município no Sul de Roraima, estão sem transportar pacientes nesta quinta-feira (30). Segundo uma enfermeira da cidade, uma delas está quebrada e a outra está sem combustível. Desta forma, conforme ela, a Saúde municipal não tem como prestar atendimento aos pacientes e os enfermeiros são obrigados a pedir ajuda às cidades vizinhas.
Ao G1, a coordenação do Samu informou que a ambulância sem combustível será reabastecida até o fim do dia e a que está quebrada será consertada até sexta-feira (31). "Já está tudo sendo resolvido", comunicou.
De acordo com a servidora que, por medo de represálias, preferiu não se identificar, as ambulâncias começaram a apresentar problemas na quarta-feira (29), quando um paciente precisou ser levado ao Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista.
"Ontem [quarta-feira, 29] um paciente precisou ser levado a Boa Vista, mas a ambulância quebrou no município de São Luiz do Anauá e tiveram de enviar outra. Depois disso, os pacientes chegaram ao Hospital Geral de Roraima, mas na hora de voltar a ambulância também quebrou e o médico está voltando de van para Caroebe", contou a enfermeira.
A servidora contou também que antes das ambulâncias quebrarem, as condições de funcionamento eram precárias. Um dos veículos não tem ar condicionado, borrachas para vedação das janelas e os próprios funcionários passam mal com o excesso de poeira durante as viagens. "É horrível", disse.
'Situação é vergonhosa'
Conforme o vereador Ney Barbosa (PSL) da Câmara de Caroebe, a Saúde do município é 'vergonhosa' e a população se sente humilhada quando precisa de atendimento médico. "Os produtores que moram em áreas isoladas viajam por horas e quando chegam aos postos de saúde, não há remédios e material para prestar ajuda", relatou.
Ainda segundo o vereador, outro problema que prejudica os moradores da cidade é a ausência de asfalto nas vicinais que dão acesso às localidades do município. "A falta de asfalto quebra as ambulâncias e faz com que o tempo do socorro dobre ou triplique", encerrou.
A reportagem tentou contato com o prefeito do município, Paulo Ortiz (PSDB), mas as ligações não foram atendidas.

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