Município registra 4 casos confirmados da doença e outras 158 notificações.
Defesa civil encaminhará militares para reforçar medidas de combate.
Município de Oiapoque está em situação deemergência (Foto: Abinoan Santiago/G1)
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a população está em alerta para a possibilidade de epidemia. Em quatro dias, o número de notificações da doença aumentou em quase 80%, apontou o órgão.
"Infelizmente, as unidades de saúde têm atendido a uma grande quantidade de pessoas que chegam com sintomas da doença. Vamos nos mobilizar e trabalhar muito para evitar que o vírus avance", disse o prefeito Miguel Almeida. Os casos notificados aguardam resultados de exames de sangue que foram encaminhados ao Instituto Evandro Chagas, em Belém, no Pará. A previsão para a conclusão dos exames é de 7 a 15 dias.
A coordenadoria estadual da Defesa Civil informou que vai encaminhar quatro militares para dar suporte ao Corpo de Bombeiros e às equipes de saúde que fazem o bloqueio vetorial do agente transmissor do vírus, o mosquito aedes aegypti.
O governo do estado também prometeu encaminhar nesta sexta-feira (26) uma equipe de técnicos e autoridades de saúde para atuarem em estratégias conjuntas com a prefeitura.
Registros
A chegada do vírus ao Amapá foi anunciada pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS) em junho de 2014. Em agosto, o estado registrou dois casos importados da doença, contraídos em Guadalupe e na Guiana Francesa, país que faz fronteira com Oiapoque.
Aedes aegypti, transmissor da dengue echikungunya (Foto: CDC-GATHANY/PHANIE/AFP)
A CVS informou na quinta-feira, que Macapá apresentou 15 notificações e o município de Santana, distante 17 quilômetros da capital, registrou os primeiros dois casos suspeitos da doença. Os trabalhos de combate nas duas cidades também foram intensificados.
Sintomas da febre chikungunya(Foto: Reprodução/TV Globo)
O vírus chikungunya foi identificado pela primeira vez entre 1952 e 1953, durante uma epidemia na Tanzânia. Mas casos parecidos com essa infecção – com febres e dores nas articulações – já haviam sido relatados em 1770. O agente transmissor é o mosquito Aedes aegypti, mesmo causador da dengue, e aedes albopictus.
Quais são os sintomas?
Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.
Tem tratamento?
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.
Nenhum comentário:
Postar um comentário