Presidente do DEM sinalizou aliança com Marina Silva no segundo turno; para integrantes da campanha tucana, fala foi recado de que o DEM jogou a toalha
Bruna Fasano VEJA.COM
Aécio Neves, candidato à presidência pelo PSDB durante encontro com Agripino Maia, presidente do DEM, em Brasília
(Divulgação/PSDB/VEJA)
Questionado sobre a fala do senador, Aécio disse que desconhecia a afirmação: "Eu não conheço essa declaração", afirmou o tucano. "Nós temos uma proposta para o Brasil. Por ser a melhor para o Brasil, estou plenamente confiante de que será a vitoriosa. Buscaremos o apoio da sociedade brasileira também num segundo turno. Não tenho dúvidas de que no momento de reflexão maior, da decisão do voto, vai prevalecer a nossa dentre aquelas alternativas que se colocam como mudança. Irá prevalecer aquela que é capaz de transformar esse sentimento de mudança em algo real. E melhor para a vida dos brasileiros", disse. "Temos um quadro em mutação na campanha. Da mesma forma que eu estava em segundo lugar em todas essas pesquisas lá atrás, e ninguém me perguntou se eu já me considerava no segundo turno, eu quero dizer que continuo absolutamente confiante."
Em entrevista à Agência Estado, Agripino afirmou: "O sentimento que nos move – PSDB, DEM e Solidariedade – é garantir a ida de Aécio para o segundo turno. Se não for possível, avalizar a transição para o segundo turno. Ou seja, com uma aliança com Marina Silva, por exemplo. É tudo contra um mal maior, que é o PT".
Por volta das 17h, o senador divulgou nota oficial numa tentativa de amenizar o estrago. Diz o texto: "Todo o esforço que os partidos que apoiam a candidatura de Aécio realizam neste momento se volta para levá-lo ao segundo turno e temos a convicção de que nele estaremos. Alianças para o segundo turno serão discutidas quando o segundo turno vier, oportunidade em que esperamos contar com o apoio daqueles que, como nós, desejam mudanças. Depositamos absoluta confiança na habilidade do nosso candidato em conduzir o processo pela experiência política e pelos quadros administrativos que o cercam e que farão o país entender ser ele a melhor opção para a Presidência da República".
Desde a semana passada, integrantes da campanha, como Agripino e o ex-vice-governador de São Paulo Alberto Goldman, defendem que Aécio mude os rumos da campanha e mire a artilharia em Marina. A mudança deverá ser colocada em prática na tarde desta segunda-feira durante o debate entre os presidenciáveis promovido pelo jornal Folha de S. Paulo e o SBT.
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