segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Dilma defende protecionismo na indústria e ataca Marina

Presidente afirmou que o programa da adversária a deixou 'preocupada' e insinuou que as políticas da candidata do PSB podem gerar desemprego. Depois, posou de avó fofa diante das câmeras dos fotógrafos e cinegrafistas

Gabriel Castro, de Brasília   veja.com
A presidente Dilma Rousseff
A presidente Dilma Rousseff (Ivan Pacheco/VEJA.com)
A presidente Dilma Rousseff criticou neste domingo a política industrial de sua adversária Marina Silva. A petista, que disputa a reeleição, insinuou que o programa de governo da candidata do PSB trazem ideias que podem causar desemprego no setor. As afirmações de Dilma foram feitas em um rápido pronunciamento no Palácio da Alvorada - na condição de candidata.
A primeira frase de Dilma deixou claro como a petista vai centrar fogo sobre Marina Silva (PSB), que se tornou a principal rival na eleição presidencial. "Eu li neste fim de semana o programa da candidata e vi propostas que me deram muita preocupação", afirmou a presidente.

Dilma então se referiu à política de conteúdo local de seu governo, um conjunto de medidas protecionistas com o objetivo de incentivar a instalação de indústrias no Brasil. "Eu não fui eleita para desempregar ou para reduzir a importância da indústria", afirmou a presidente.
Ela afirmou que, nas indústrias naval e automobilística, sua gestão assegurou a manutenção de milhares de empregos no Brasil. "Nós não queremos que os carros sejam só montados no Brasil. Eles podem ser produzidos no Brasil mas sobretudo sofrer no Brasil as inovações que são fundamentais na indústria", disse.
O programa de Marina Silva critica a orientação "excessivamente protecionista" da política industrial do atual governo. Em outro trecho, o documento afirma: "As políticas de conteúdo local só são efetivas enquanto constituírem casos especiais, e não a regra da política industrial".
O pronunciamento deste domingo foi o mais rápido de Dilma durante a campanha. Ela falou por menos de quatro minutos, unicamente a respeito do programa de Marina Silva na área industrial, e se recusou a responder perguntas. Dilma argumentou que tinha menos de uma hora para ficar com o neto, Gabriel, que vive em Porto Alegre e estava no Palácio da Alvorada. Logo depois que a entrevista terminou, o garoto -- que costuma ser poupado de aparições públicas -- apareceu no salão principal do Palácio da Alvorada e a presidente correu atrás dele diante dos fotógrafos e cinegrafistas.

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