quarta-feira, 27 de agosto de 2014

São dez pra lá, dez pra cá.


O defunto Eduardo Campos fez um estrago maior do que o avião que o vitimou quando caiu no meio do casario de Santos. Marina Silva, sua sucessora, especializada em cafetinar mortos desde Chico Mendes, emergiu dos destroços da candidatura socialista e saltou, da noite para o dia, para um patamar de 30% de votos. Recuperou os 20% que tinha em 2010 e angariou mais 10% por conta da tragédia. Tirou votos de Dilma e de Aécio, mas indicam os institutos que a maior fonte que alimentou este crescimento vertiginoso foram os indecisos, brancos e nulos. 
Passada a tragédia e mais uma semana de alta exposição, que poderá ser positiva, dependendo da sua entrevista hoje, no Jornal Nacional, além de mais duas pesquisas que saem hoje (CNT) e na próxima sexta (Datafolha), Marina terá que enfrentar a falta de estrutura para campanha, um partido dividido e um tempo de televisão que é a metade de Aécio Neves. Além disso, sua vida será virada pelo avesso pelos meliantes do PT, com os seus dossiês e a sua máquina de assassinar reputações.
O PSDB mostrou que tem um patamar fiel de 20% dos votos e a rejeição de Aécio Neves está em 18%, a metade de Dilma Rousseff. Aécio Neves ainda é o candidato menos conhecido e tende a avançar na medida em que o eleitor conhecer as suas propostas e a sua trajetória. Hoje o quadro pode ser resumido em dez pra lá, dez pra cá. A oposição precisa buscar mais 10% de votos para estar no segundo turno. Terá que buscar os 5% que perdeu para Marina em função da tragédia. Terá que convencer outros 5% a votar no partido e isso, sem dúvida alguma, as alianças e as próprias candidaturas tucanas poderão conseguir.
A única boa notícia é que Dilma e o PT estão fora do poder em 2015, mantido o atual quadro. Se Aécio subir 10%, passa Dilma no embate do segundo turno, assim como Marina está passando. É preciso bater de porta em porta e trabalhar duro. Voto por voto. A eleição está aberta. 
BLOG DO CORONEL

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