domingo, 3 de agosto de 2014

Rede hoteleira se preocupa após Copa


Setor teme que o País não consiga colher os frutos da exposição obtida na mídia global com a realização do Mundial de futebol
JORNAL O HOJE - GO  | Por: Luiz Redação
Roberto Rotter: “Precisamos de demanda e crescimento do PIB”  ( Karime Xavier/Folhapress, MERCADO ABERTO)
Roberto Rotter: “Precisamos de demanda e crescimento do PIB” ( Karime Xavier/Folhapress, MERCADO ABERTO)
As grandes redes de hotelaria receberam 1,3% mais hóspedes durante a Copa, na comparação com os mesmos dias de 2013. O número foi insuficiente para manter a ocupação após o aumento de 9,6% na oferta de quartos nos hotéis das 12 cidades-sede.
A taxa de ocupação média nas grandes redes hoteleiras no período de 11 de junho a 14 de julho caiu para 61%, ante 66% no ano anterior, de acordo com levantamento do Fohb (Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil) feito a pedido da Folha de S.Paulo.
Desde 2009, o setor hoteleiro investiu R$ 13 bilhões na reforma e em novos hotéis. Até 2016, ano em que o país recebe a Olimpíada, a oferta deve crescer mais 23%, com a inauguração de 150 hotéis.
O temor é que o baixo crescimento da economia deixe esses leitos vazios. “Os investimentos foram significativos. Agora precisamos de demanda e um PIB com crescimento superior a 1% para manter a roda girando”, diz Roberto Rotter, diretor da rede Plaza e presidente do Fohb.
O setor teme que o País não consiga colher os frutos da exposição conquistada na mídia global com o Mundial e que o nível de crescimento do volume de turistas estrangeiros não se mantenha. “Já perdemos a oportunidade de promover o Brasil como destino antes da Copa. Os escritórios de promoção no exterior ficaram três anos fechados e só foram reativados seis meses antes da Copa”, diz.
Entretanto Rotter faz uma avaliação positiva do evento, por causa da demonstração de capacidade de organização do país e dos investimentos em mobilidade urbana e modernização de aeroportos.
Mas o setor ainda cobra medidas para estimular o turismo interno e externo. “Precisamos estimular o brasileiro a viajar pelo país, de novos centros de convenções e de projetos concretos para as arenas, sobretudo Manaus, Cuiabá e Natal.” (Folhapress)

Torneio foi bom na véspera, diz Fórum
Os números do Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb) medem apenas as redes nacionais e internacionais – as primeiras ocupadas por pessoas ligadas ao Mundial (delegações, patrocinadores etc). Pelos dados do Fohb, a Copa foi boa na véspera e nos dias de jogos, quando a ocupação ficou acima de 80% em 11 cidades-sede. Só São Paulo ficou abaixo disso (66%). Considerando todo o período do evento, São Paulo e Natal tiveram as piores taxas de ocupação (53% e 48%). Em números absolutos, a capital paulista, com o maior parque hoteleiro do País, teve o maior número de diárias comercializadas (353.358).
O Rio de Janeiro, único destino a manter a taxa de ocupação acima do ano passado ao longo de todo o torneio, com média de 87%, contabilizou 181.596 diárias. Recife, Salvador e Brasília também se saíram melhor do que no ano anterior, embora com alguma oscilação de demanda entre os jogos. Fortaleza praticamente empatou, enquanto as demais sedes só conseguiram encher os hotéis em dias de jogo e véspera.

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