quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Órgãos da Prefeitura de Goiânia seguem com a energia cortada


Fornecimento foi interrompido pela Celg por dívida de R$ 4,8 milhões.
Prefeitura argumenta que a companhia também deve R$ 144 milhões.

Luísa Gomes Do G1 GO
Três órgãos municipais de Goiânia continuam com a energia cortada na manhã desta quarta-feira (27), segundo a prefeitura. O fornecimento foi interrompido no último dia 25 pela Companhia Energética de Goiás (Celg), devido a uma dívida de R$ 4,8 milhões. A administração e a companhia divergem sobre o número de órgãos afetados: enquanto a Celg afirma ter cortado o fornecimento em 18 sedes, o município alega que o corte ocorreu em apenas quatro e que um dos casos já está normalizado.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Celg, mas a companhia não respondeu quantas unidades seguem sem energia até a publicação desta reportagem. Segundo a prefeitura, permanecem afetadas pela medida a Secretaria Municipal de Trânsito (SMT), Secretaria de Habitação (Sehab) e Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Serviços (Semic).
No mesmo dia em que a energia foi cortada, a juíza Jussara Cristina Oliveira Louza, da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Registros Públicos, determinou em liminar que a companhia não realizasse o corte de energia em imóveis relacionados com a prestação de serviços essenciais, como postos de saúde, escolas, e sedes dos poderes executivo e legislativo municipal.
A Celg alega que a medida foi tomada devido ao não pagamento de uma dívida de R$ 4,8 milhões. A prefeitura argumenta que a Celg, por sua vez, deve R$ 144 milhões ao município. De acordo com o secretário de Finanças Joevalter Correia, as partes tentavam uma negociação e um convênio firmado entre o município e a companhia deveria fazer o encontro de contas.
No entanto, a Celg optou em não descontar as dívidas da administração municipal e, há cerca de duas semanas, buscou a prefeitura para quitar R$ 2,4 milhões e exigiu que fosse dada a certidão negativa dos débitos. O município aceitou o valor, mas se recusou a fornecer as certidões porque o pagamento não representa o valor total da dívida. Para a prefeitura, o corte de energia nos órgãos foi uma forma de “represália”.
Funcionário da Celg corta energia em órgãos públicos da prefeitura por dívida, em Goiânia , Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Funcionário da Celg corta energia comando da Guarda Municipal (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Nenhum comentário:

Postar um comentário