quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Marina se vende como 3ª via, mas o próprio PSB diz que vai se aliar a PT e PSDB


"O que nós pensamos, e o que Marina está dizendo, é que terminadas as eleições nós vamos conversar com o PT e o PSDB", disse Roberto Amaral, presidente do partido.

Do site do PSB:
marinasilva Marina se vende como 3ª via, mas o próprio PSB diz que vai se aliar a PT e PSDB
Em entrevista ao Valor Econômico, Roberto Amaral, presidente do PSB, falou sobre candidatura de Marina Silva como substituta de Eduardo Campos após sua morte, e sobre as conversas que o partido deve ter com PT e PSDB após as eleições. Leia um trecho:
Valor: A candidatura Eduardo Campos era a expressão de um projeto de terceira via que levou o PSB a ser o partido que mais cresceu nas duas últimas eleições. O que o PSB espera de Marina Silva para a consolidação desse processo?
Amaral: Evidentemente que nós queríamos que esse projeto fosse liderado pelo Eduardo. É um projeto que não começou agora. A reeleição do Eduardo (ao governo de Pernambuco, em 2010) mostrou que havia já maturidade e condições objetivas de encetar esse projeto.
Valor: Hoje as bases da governabilidade estão assentadas nas emendas parlamentares, cargos no governo e quase nenhum programa. Como escapar, no dia seguinte à eleição, da negociação fisiológica com o Congresso para a constituição de uma maioria estável?
Amaral: Esse presidencialismo de coalizão está esgotado. O que nós pensamos, e o que Marina está dizendo, é que terminadas as eleições nós vamos conversar com o PT e o PSDB. Conversar com os partidos é uma coisa…
Valor: Institucionalmente?
Amaral: Institucionalmente. Isso é uma coisa. Outra coisa é leilão. Esse leilão que se assiste aí, essa cornucópia, essa coisa imoral. O que ocorre com essa chantagem da governabilidade? Um governo de esquerda, quando se elege, precisa ampliar. Ele não pode ampliar para a esquerda, então tem que ampliar para a direita. Se opta pela direita, muitas de suas metas deixam de ser executadas, ou por razões programáticas ou porque elas são entregues a pessoas que não pensam daquele jeito. Tem que haver composição e diálogo com o Congresso, mas em função de uma linha programática.

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