"O candidato Paulo Souto abriu mão no horário eleitoral de fazer propostas para fazer agressões", acusou o petista
O clima esquentou no quarto bloco do debate
da Band, que mais uma vez trouxe troca de perguntas entre os candidatos,
por sorteio feito previamente. Logo na abertura, Paulo Souto perguntou
para Rui Costa e o petista afirmou que o candidato do DEM abdicou de
fazer propostas para partir para agressões.
"O candidato Paulo Souto abriu mão no horário
eleitoral de fazer propostas para fazer agressões", acusou. A pergunta
de Souto foi sobre uma fala de Costa dizendo que a Bahia precisava "dar
um salto" de crescimento, como Ceará e Pernambuco. "Sobre
infraestrutura, o senhor não deixou nenhum projeto na gaveta. O senhor
não fez nenhuma proposta ao governo federal. Ceará e Pernambuco, mesmo
sendo (governos de) partidos de oposição, foram ao presidente Lula e
pediram recurso. Colocaram o interesse do povo em primeiro plano. Aqui, o
senhor não deixou projeto nenhum. Por isso que eu falei que a Bahia
precisa dar grandes saltos".
"Eu lamento que o candidato não tenha respondido.
Inclusive, todos os projetos de área de transporte e mobilidade estão
contidos no Pelt (Programa de Logística e Infraestrutura), que foi
entregue ao governo federal. Estão lá todos nomeados. Sobretudo, o seu
governo teve felicidade de ter financiamento de 180 milhões de dólares
para estrada em dezembro ainda, quando eu estava no governo. Mesmo assim
passou de sexta para oitava economia do país. É 13º em competitividade.
Isso é muito grave", acusou.
(Foto: Betto Jr)
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Costa
voltou novamente a tona. "Sabe quantas UTIs foram construídas em todos
os governos antes de Wagner? 300 UTIs. E em 7 anos e meio construímos
600. Hoje temos 900 UTIs. Agora, impressiona a sensibilidade dele
(Souto) para a saúde, só fez construir um hospital. Oito anos de governo
e a sensibilidade para a saúde só veio aparecer depois que saiu?",
questionou.
Lídice da Mata optou por questionar Marcos Mendes
sobre a educação no estado - segundo ela, o PT não superou a "herança
maldita" na área, deixada pelo DEM. O candidato do PSOL afirmou que
pretende investir em um plano de carreira, cargos e salários. "Você
sabia que nesse estado nem a lei do piso salarial é respeitada?",
criticou.
Lídice citou pela primeira vez o candidato do PSB à
presidência, Eduardo Campos, morto em acidente de avião. "Eduardo fez
320 escolas em 7 anos. Eu farei em 4 anos o que Eduardo fez em 7 em
Pernambuco".
Já Marcos Mendes pressionou Lídice sobre o
financiamento da campanha da senadora. "A senhora recebeu investimentos
da Friboi, que responde por lavagem de dinheiro. Recebeu R$ 300 mil da
família Suarez, que responde por crimes ambientais. Como ser realmente
uma alternativa recebendo financiamento dessas figuras duvidosas?".
Lídice afirmou que é defensora "intransigente" do
financiamento público de campanha, inclusive se posicionando assim no
Senado, mas como a lei eleitoral permite financiamento de empresas
privadas, ela se utiliza dessas doações. "Eu não sou rica. Não sou
milionária. Dentro da lei, de forma lei, de forma absolutamente
transparente, temos recebidos contribuições que são intermediadas pelo
partido. Sem caixa dois, sem negociatas", defendeu. "Nunca me submeti a
interesses empresariais", garantiu.
Já Marcos Mendes anunciou ser o único candidato que não tem financiamento de empresas em sua campanha.
Rui Costa quis saber propostas de Da Luz para a
mobilidade. O candidato do PRTB já começou ironizando o rival. "O senhor
foi acusado de ser o pai da mobilidade do governo. Porque isso é uma
acusação. Gastar R$ 8 bilhões e meio para a gente continuar preso em
engarrafamento?". Para Da Luz, o metrô de Salvador já nasceu
ultrapassado. Ele defendeu investimento no monotrilho. "Isentarei todas
os débitos de IPVA, de todas as dividas que ficarem, assim que assumir. O
baiano tem que ser indenizado por tudo isso", defendeu. Costa, por sua
vez, falou do aumento do metrô e ainda VLT e BRT, integrando os modais.
Da Luz perguntou para Paulo Souto e optou por saber
sobre políticas mineiras. "Todas essas jazidas que estão aí foram
descobertas e licitadas ainda em nossos governos", afirmou o candidato
do DEM. "Deixamos um modelo em prospecção mineral e que colocou a Bahia
em posição de destaque na questão de exploração de recursos minerais".
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