domingo, 3 de agosto de 2014

Centenas de pessoas fazem ato pró-Israel em Belo Horizonte


Segundo representante, manifestação pede fim do conflito em Gaza.
Ativistas se reuniram no bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul.

Do G1 MG
Centenas de pessoas se reuniram neste domingo (3) em um ato na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, pelo direito de defesa do Estado de Israel. Um dos organizadores da manifestação, Marcos Brafman, presidente da Federação Israelita de Minas Gerais, disse ao G1 que o ato é realizado também em favor da paz na Faixa de Gaza. “Nós somos defensores da paz. Mas é muito difícil você fazer a paz quando o interlocutor é um grupo terrorista”, falou, referindo-se ao movimento islamita palestino Hamas, que controla Gaza.
Manifestantes fazem ato pelo direito de defesa do Estado de Israel, em BH. (Foto: Daniel de Andrade/Divulgação)Manifestantes fazem ato pelo direito de defesa do Estado de Israel. (Foto: Daniel de Andrade/Divulgação)
De acordo com a organização do ato, cerca de 300 manifestantes se concentraram na Praça Estado de Israel, no bairro Mangabeiras, com bandeiras e cartazes. Eles fizeram orações e pediram proteção aos israelenses que atuam no conflito. O ato contou também, segundo Brafman, com o apoio de evangélicos.
O conflito entre Israel e a Faixa de Gaza entrou em seu 27º dia neste domingo (3). O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou neste sábado (2) que o Exército israelense vai manter suas operações contra o Hamas na Faixa de Gaza “pelo tempo que for necessário” e com “toda a força necessária”.

O presidente da Federação Israelita de Minas Gerais falou que o número de israelenses mortos só não foi maior por causa do cuidado que o país tem com sua população. Ele criticou o discurso de que Israel esteja agindo de forma desproporcional.

“Israel tem um sistema sofisticado de defesa antimíssil. Mas, digamos que cada míssil tivesse provocado um número de dois ou três mortes em Israel, seriam 10 mil mortos. Ai então seria uma proporção? Seria proporcional? Enquanto Israel defende sua população civil, o Hamas coloca sua população civil como escudo. O Hamas não cuida da sua população”, afirmou.
Ato se concentrou em praça do bairro Mangabeiras, em Belo Horizonte (Foto: Daniel de Andrade/Divulgação)Ato se concentrou em praça do bairro Mangabeiras, em Belo Horizonte (Foto: Daniel de Andrade/Divulgação)
O embaixador da Autoridade Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben, disse, em visita à Belo Horizonte no último dia 30, que Israel deveria dar o “primeiro passo” para o fim do conflito, que começou no dia 8 de julho.

“Não se trata de uma guerra. Trata-se de um genocídio. Israel recorre a uma limpeza étnica na Faixa de Gaza. Usa de violência para conseguir seus objetivos que são as terras, sem os palestinos”, disse na ocasião.

Sobre o uso da palavra genocídio, Marcos Brafman disse que se trata de “distorção” dos fatos. “Usa-se essa palavra, genocídio, porque sabem que são palavras caras para os judeus. (...) Eu não conheço na história das guerras algum país que tenha tido o cuidado que Israel tem de avisar para os civis saírem dos locais onde ele vai entrar em combate”, declarou.
 
Conflito continua
Mais cedo neste sábado, uma autorização para retirada de algumas tropas chegou a ser vista como sinal de que Israel poderia dar fim ao conflito, após destruir os túneis construídos pelo Hamas na fronteira da Faixa de Gaza. No entanto, as novas declarações de Netanyahu de que Israel manterá a operação "pelo tempo que for necessário" diminuem expectativas de uma resolução imediata.

A ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, iniciada em 8 de julho, provocou a morte de pelo menos 296 crianças e adolescentes palestinos, anunciou o Unicef.
"As crianças representam 30% das vítimas civis", afirma o Fundo das Nações Unidas para a Infância.
"O número de crianças mortas nas últimas 48 horas pode aumentar, após uma série de verificações que estão sendo feitas", afirma o Unicef. Os dados ainda não são definitivos.
Mais de 1.650 palestinos, em sua ampla maioria civis, morreram em consequência da ofensiva israelense. No mesmo período, 63 israelenses morreram, em sua maioria militares.
O Estado de Israel acusa o movimento islamita palestino Hamas, que controla Gaza, de usar a população como "escudo humano".

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