quinta-feira, 31 de julho de 2014

Serra Leoa declara estado de emergência por causa do ebola


Vírus já causou mais de 220 mortes no país.
Serão realizadas buscas por pessoas infectadas.

Do G1, em São Paulo
O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, declarou nesta quinta-feira (31) estado de emergência pública no país devido ao pior surto de ebola já registrado, que já causou mais de 220 mortes até o momento em seu território.
"Os desafios extraordinários necessitam de medidas extraordinárias", afirmou Bai Koroma em mensagem dirigida à nação.
O presidente também anunciou ter cancelado sua viagem na próxima semana à cúpula África/Estados Unidos em Washington, mas indicou que participará de uma cúpula regional na vizinha Guiné para analisar a situação junto a representantes de Guiné, Libéria e Costa do Marfim.
Além de decretar o estado de emergência, Koroma anunciou outras medidas, como colocar em quarentena as áreas afetadas pelo ebola, mobilizar forças de segurança para proteger as equipes médicas e proibir as reuniões públicas, assim como lançar uma busca em cada casa pelos possíveis infectados pela doença.
Os ministros e outros representantes governamentais não poderão sair do país, salvo para "compromissos absolutamente essenciais", declarou Koroma.
Estas medidas terão uma duração de 60 a 90 dias, embora possam ser alteradas.
Balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que o número de casos aumentou para mais de 1.300 casos na África Ocidental. No total, até 27 de julho, 729 pessoas morreram vitimadas pelo ebola, entre elas 47 em apenas quatro dias.
Entre 23 e 27 de julho, foram registrados 122 novos casos (confirmados, prováveis e suspeitos) e foram notificadas 57 mortes na Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa, acrescentou a OMS.
A organização anunciou nesta quinta que lançará, junto com os governos da região, um plano de resposta ao ebola com US$ 100 milhões em recursos.
O vírus Ebola é transmitido por contato direto com sangue, fluidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados. A febre que provoca se manifesta com hemorragias, vômitos e diarreia. A taxa de mortalidade varia entre 25% e 90% entre os humanos e não há vacina que evite o contágio.

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