terça-feira, 29 de julho de 2014

Mais de duas mil pessoas estão a espera por cirurgia ortopédica no HGV


Para diminuir fila de espera, HGV aumentará o número de cirurgias mensais.
Pacientes chegam a aguardar quase dois anos para fazer o procedimento.

Do G1 PI
A fila de espera para a realização de cirurgias ortopédicas no Hospital Getúlio Vargas (HGV) possui mais de duas mil pessoas. Além disso, o tempo de espera chega a ser de dois anos, devido à demanda. Segundo a diretora do hospital, Clara Leal, durante muitos anos o HGV era a única unidade de saúde do Estado do Piauí a realizar esse tipo de procedimento. Por isso a quantidade expressiva de pacientes à espera pela cirurgia .

“O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) é de Urgência. Por isso, não realiza cirurgia eletiva. O HPM (Hospital da Polícia Militar do Piauí) realiza, mas a grande maioria dos pacientes é transferida do HUT, ainda na fase aguda do trauma. E o HU (Hospital Universitário) está começando agora. Então, um hospital sozinho não dá conta dessa demanda. A fila de espera para cirurgia ortopédica, no ambulatório integrado do HGV, é muito grade”, disse Clara Leal.

Para diminuir o tempo de espera, com a consequente redução do número de pacientes que aguardam a cirurgia, Clara Leal explicou que os procedimentos também serão realizados durante a noite, além da realização de mutirões aos finais de semana. Por mês, uma média de 850 processos cirúrgicos é realizada no HGV, sendo que 20% desse montante são da ortopedia.

“A nossa previsão é fazer mais 160 cirurgias ortopédicas por mês. Isso é suficiente: não. Mas o Hospital Getúlio Vargas precisa fazer a sua parte”, comentou a diretora, acrescentando a urgente necessidade de toda a área hospitalar funcionar adequadamente para atender ao público. 

Há quatro meses, a enfermeira Janaina Moura aguarda pela cirurgia do marido, que sofreu um acidente de carro. Em consequência do acidente, o marido da Janaina fraturou as duas pernas mais a bacia.  “Eu tive que largar tudo, estudo e filho pra ficar com ele no hospital”, falou Janaina. Já o carpinteiro Francisco Pereira, esperar todo esse tempo é constrangedor. “Não dá pra esperar quatro meses. Isso é quase uma vida”, declarou Francisco.

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