João Vitor Martinez de Oliveira, de 18 anos, adora estudar outras línguas.
Jovem de Santa Lúcia fará intercâmbio na China após vencer concurso.
Nascido em Santa Lúcia, João sempre estudou em escolas públicas (Foto: Deivide Leme/Tribuna Impressa)
“Nada é impossível. Se você se dedicar, você aprende”. É dessa forma
que o estudante de uma escola pública de Santa Lúcia (SP) João Vitor
Martinez de Oliveira, filho de um metalúrgico e de uma dona de casa,
explicou a facilidade que tem para aprender idiomas. Além do português, o
jovem de 18 anos domina outras nove línguas na leitura e na escrita:
espanhol, francês, inglês, italiano, alemão, russo, japonês, coreano e
mandarim, língua oficial da China, país onde fará intercâmbio por seis
meses a partir de agosto após ser aprovado em um concurso.Segundo ele, o mandarim é a língua preferida. “É também a mais difícil, porque não tem alfabeto, é preciso conhecer o ideograma”, contou. A paixão pelo idioma é tão grande que ele foi aprovado em primeiro lugar na região central em um concurso promovido pela Secretaria da Educação do Estado, em parceria com o Instituto Confúcio.
No próximo mês, ele embarca para Nanchang e ficará hospedado por seis meses na Universidade Jiangxi Normal University com tudo pago. O jovem também receberá ajuda de custo no valor de 1,5 mil iuenes, a moeda local (cerca de R$ 500). A única despesa dele será com as passagens aéreas, que custam cerca de R$ 3,5 mil ida e volta. O valor foi pago pelos pais.
Estudante adora mandarim e fará intercâmbio na
China em agosto (Foto: Clausio Tavoloni/EPTV)
DedicaçãoChina em agosto (Foto: Clausio Tavoloni/EPTV)
Filho de um metalúrgico e de uma dona de casa, Oliveira tem uma irmã de 16 anos e outro de 23 e não se considera superdotado. “Tenho força de vontade, só isso. A maioria das pessoas não consegue aprender um idioma por falta de estudo”, explicou o jovem.
Apesar da dedicação, ele disse que estuda apenas uma hora por dia e que prefere conversar com os nativos que vêm ao Brasil aprender português. O contato permitiu que ele aprendesse com os estrangeiros até a cozinhar. “A culinária chinesa é fácil”, relatou.
Expectativa
Com a ajuda da internet, Oliveira frequenta as redes sociais chinesas e disse estar preparado para a nova aventura, apesar da ansiedade. “É um país com uma cultura totalmente diferente, então você tem aquele receio do choque cultural, mas estou confiante de que vai dar tudo certo”, disse.
Quando voltar, ele pensa em prestar vestibular para o curso de letras em alguma universidade pública. Um dos objetivos do estudante é se tornar professor de língua portuguesa na China. O outro é aprender grego.
A mãe do estudante disse que está contente com a novidade, mas triste porque o filho ficará mais de 17 mil quilômetros distante de casa. "Vai dar saudade, preocupação, mas acredito que vai dar tudo certo porque ele é responsável, se esforça, então ele merece”, afirmou a dona de casa.
João diariamente conversa conversa com chineses por meio de redes sociais (Foto: Clausio Tavoloni/EPTV)
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