terça-feira, 29 de julho de 2014

Chile e Peru chamam embaixadores em Israel para consultas


Países sul-americanos reiteraram o apelo para o fim das hostilidades.
Brasil convocou seu embaixador e foi chamado de 'anão diplomático'.

Do G1, em São Paulo
 
Os governos de Chile e Peru informaram nesta terça-feira (29) que chamaram os seus respectivos embaixadores em Israel para consultas diante do recrudescimento das operações militares israelenses na Faixa de Gaza, informou a agência Reuters.
Os dois países sul-americanos reiteraram o apelo para o fim das hostilidades, apoiando o pedido do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban ki-moon.
"O Chile observa com grande preocupação e consternação que tais operações militares não respeitam as regras fundamentais do direito humanitário internacional, como evidenciado pelas mais de mil mortes de civis, incluindo mulheres e crianças, assim como o ataque a escolas e hospitais", afirmou a chancelaria chilena em um comunicado.
O Chile, que é membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU, abriga uma das maiores colônias palestinas do mundo, mas também há uma importante presença da comunidade judaica.
A chancelaria peruana disse em um comunicado que sua decisão foi tomada em coordenação com os governos de outros países da região. O Peru pediu que as partes em conflito respeitem o cessar-fogo para possibilitar o envio de ajuda humanitária e dar início a negociações que permitam o fim permanente das hostilidades.

Na semana passada, o Brasil também chamou seu embaixador em Israel, considerando "inaceitável" a escalada da violência em Gaza e condenando "energicamente o uso desproporcional da força por Israel" no conflito. Depois disso, de acordo com a publicação "The Jerusalem Post", o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor afirmou que a medida "era uma demonstração lamentável de como o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático".

Mortes
Desde o início dos conflitos, no dia 8 de julho, 1.156 palestinos morreram, a maioria civis. No mesmo período, Israel contabilizou 56 mortos – 53 soldados e três civis.

Nesta terça-feira, Israel destruiu a única central de energia de Gaza, bombardeou a casa do líder político do Hamas e atacou dezenas de alvos, apagando as esperanças de que a violência termine logo, após mais de três semanas de conflito.
Agentes de saúde disseram que pelo menos 84 palestinos morreram em um dos bombardeios mais intensos por ar, terra e mar desde que a ofensiva israelense começou em resposta ao lançamento de mísseis pelo Hamas.

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