terça-feira, 29 de julho de 2014

Campanha da Dilma persegue e censura para calar críticas sobre crise econômica.



Não é só contra o Santander que a Campanha de Dilma está mobilizando Lula, a CUT e toda a máquina pública petista. Há uma tentativa generalizada de impedir críticas à desastrosa política  econômica imposta ao país, de responsabilidade direta da Presidente da República.
O ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu no domingo uma liminar em favor da coligação da presidente Dilma Rousseff suspendendo a veiculação de anúncios da consultoria financeira Empiricus sobre os supostos riscos relacionados a uma eventual reeleição da petista. O ministro também proibiu o Google de exibir novos anúncios com referências positivas ou negativas a qualquer candidato no período pré-eleitoral.
A representação movida pela coligação Para o Brasil Seguir Mudando tem como alvo anúncios com as frases "Como se proteger da Dilma: saiba como proteger seu patrimônio em caso de reeleição da Dilma, já" e "E se o Aécio Neves ganhar? Que ações devem subir se o Aécio ganhar a eleição? Descubra aqui, já", sob a argumentação de que seriam supostamente pagos pela campanha do candidato à Presidência do PSDB, Aécio Neves. 
O PT acusa o PSDB de ter contratado a empresa de consultoria para inserir anúncios pagos no Google para relacionar notícias sobre a eleição presidencial em sites de jornais. Os links redirecionavam o usuário para um texto no site da Empiricus, que atribuem a possível reeleição da petista a futuros problemas na economia.
A Empiricus divulgou uma nota em seu site para responder à decisão do ministro e negar que haja uma ligação entre a empresa, o PSDB e o Google. "Pesquisas favoráveis a Dilma Rousseff implicam, ceteris paribus, depreciação dos ativos financeiros brasileiros. Reitero: isso não é opinião, é fato. Os mercados reagem de forma diferente a maiores possibilidades em favor de Aécio e de Dilma. Evidentemente, não há nenhum prognóstico de que haja uma ruptura dessa correlação. Se foi assim no passado e está sendo assim no presente, assume-se que a mesma dinâmica continuará à frente, posto que não há fatos novos representando uma quebra estrutural no processo", diz a nota.
Em nota, o PSDB nega ligação de Aécio Neves. "A tentativa de incluir o candidato Aécio Neves na ação não faz sentido e nem tem respaldo jurídico, uma vez que não há absolutamente nenhum vínculo entre a campanha ou o candidato com a empresa Empiricus", ressalta a nota. O partido ainda diz que a avaliação da Empiricus é semelhante à divulgada por outras empresas.
Para Aécio Neves, o governo federal não deve recriminar a análise feita pelo setor financeiro. O tucano falou especificamente sobre o Banco Santander que, em comunicação enviada a correntistas do segmento de alta renda, falou sobre a piora do cenário macroeconômico caso a presidente Dilma avance nas pesquisas eleitorais.
"Não adianta questionar, cobrar demissões dentro de uma instituição financeira porque teria que demitir praticamente todos os analistas. Todos eles são muito céticos em relação ao cenário econômico brasileiro", disse Aécio após participar de reunião com líderes de movimentos sociais e organizações não governamentais em São Paulo. "A resposta adequada do governo não é de questionamento, mas de garantir um ambiente estável e de segurança, regulado, para que os investimentos voltem ao país", disse Aécio. (Valor Econômico)

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