A foto é um mero exemplo do totalitarismo petista |
O jornalista
J. R. Guzzo, articulista da Veja, toca num ponto pelo qual este blog
tem se batido há anos: apesar de haver eleições, nossa democracia não
está consolidada, pois temos no poder um partido com pregação
totalitária. O mercado, através do escândalo Santander, já recebeu a
primeira bordoada - e, de maneira crápula, seu chefão se encolheu. A
imprensa sofre assédio constante e ameaçador, apesar dos esbirros
ideológicos formados pelas escolinhas de comunicação, que transformaram
Lula em um ser intocável. Repito o alerta feito em post de ontem, sobre
artigo de Guilhon Albuquerque: o problema já não é a (improvável)
reeleição de Dilma, é estar atento às manobras de Lula et caterva para
impedir a alternância de poder, desrespeitando o resultado das urnas. É
a isto que se refere o texto de Guzzo, que assino embaixo, ponto por
ponto. O empresariado que despreza valores e princípíos já recebeu a
primeira estocada do lulopetismo - e é bom que acorde. Parte da
sociedade, infensa ao neopatrionialismo petista, já acordou. É hora de
erradicar a seita petista:
A
campanha eleitoral para a Presidência da República e os governos
estaduais está prometendo colocar o Brasil diante de uma pregação
totalitária para ninguém botar defeito. Tudo isto? É sempre confortável,
claro, imaginar que essas coisas não acontecem mais hoje em dia, não
num país que caminha para a sétima edição presidencial seguida com voto
livre, secreto e universal, sob a proteção de todas as leis e defesas de
um Estado de Direito. Virar a mesa, a esta altura do jogo, com certeza
não é fácil. Mas, como se vê, não é impossível criar um clima de
hostilidade disfarçada, ou nem tão disfarçada assim, às regras segundo
as quais candidatos de oposição têm o direito de disputar a Presidência,
e o vencedor deve ser aquele que teve maioria absoluta de votos. É o
que já se pode ver, neste momento, pelos atos praticados na campanha do
governo e seu partido para reeleger a presidente Dilma Rousseff - ou, se
não é isso, estão fazendo o possível para parecer que é. Sua atitude
diante da eleição de outubro, pelo que dizem e fazem em público, é
sustentar que os eleitores brasileiros só podem tomar uma decisão nas
urnas: reeleger a presidente Dilma. Qualquer outro resultado, segundo o
que têm pregado até agora, seria um " golpe de Estado da direita".
Não é uma
suposição ou um exagero; são fatos que se repetem na frente de todo
mundo, com frequência cada vez maior. A mensagem que o governo está
enviando ao público em geral, quando se raspa o verniz do palavrório, é a
seguinte: a alternância de poder não pode ser aceita pelo povo
brasileiro, pois é um mal em si. Servirá apenas para colocar no governo a
elite branca, principalmente a "do Sul", que vai "se aproveitar" de
métodos falsamente democráticos, como são essas "eleições formais", para
tirar do poder as forças comandadas pelo PT - as únicas, sempre na
visão oficial, que têm o direito político e moral de governar o Brasil,
pois quem discorda delas quer agir contra a pátria, o interesse nacional
e os "benefícios sociais" que o povo ganhou nos últimos doze anos com
Dilma e seu antecessor, o ex-presidente Lula. Em português claro: é
indispensável para salvar a "verdadeira democracia", agir contra a
democracia defeituosa que "está aí". A regra eleitoral, em suma, só vale
se a presidente for reeleita. Se ela perder, é "golpe". Fim de
conversa.
A
ferramenta mais utilizada no momento para levar adiante esse evangelho é
alegar que o governo está sitiado por uma poderosíssima ofensiva
conservadora, que lançaria mão de armas e recursos desproporcionais,
desleais e ilícitos para "derrubar" a presente administração do PT e sua
"base aliada". Como assim? Disputar uma eleição, dentro das regras
estabelecidas em lei, seria "derrubar" alguém? Também não dá para
entender como pode se colocar no papel de vítima um governo cuja
candidata tem à sua disposição todo um arsenal termonuclear de vantagens
materiais para ganhar a eleição. Dilma conta com um tempo de propaganda
obrigatória na televisão que é o dobro do que têm, somadas, as
candidaturas de seus dois concorrentes mais próximos. Esse patrimônio,
como é público, foi comprado dos partidos de aluguel que andam por aí,
tentando escapar da polícia e do Código Penal, em troca de cargos
rentáveis no governo, desses que decidem licitações de obras e outras
maravilhas - algo que só pode ser dado por quem está no poder.
A
campanha da presidente estimou que vai gastar 300 milhões de reais até
outubro - cerca de 50% a mais do que o valor de 2010, e um total maior
do que o de qualquer adversário. O governo se vale, também, do Tesouro
Nacional; só nos meses de maio e junho gastou cerca de 800 milhões de
reais em propaganda pró-Dilma. É dinheiro público direto na veia - de
novo, coisa que só pode fazer quem manda no caixa. O governo tem a seu
favor 70% dos votos no Congresso, uma força decisiva para protegê-lo de
acusações de corrupção; com isso, 300 pedidos de investigação sobre
irregularidades estão bloqueados no momento. As empreiteiras de obras
jogam pesado a favor do governo - entre outros adjutórios, pressionam
parlamentares que lhes devem favores a segurar a apuração dos recentes
escândalos em torno da Petrobras. Mais que tudo, vende-se abertamente
mercadoria falsa. Qualquer crítica em relação ao governo é tida como
"preconceito". Quedas nas pesquisas são atribuídas ao "ódio" de quem
discorda. A presidente chama de "urubus" os que apontam algum problema
em seu governo.
O que
Lula, Dilma e o PT estão dizendo é algo bem claro: "Só existe uma
verdade aqui - a nossa". (Grato, Maricota, que surrupiou o texto da
Veja).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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