quarta-feira, 25 de junho de 2014

Quantidade de pombos preocupa moradores do Conj. José Tenório


Segundo os moradores, as aves entram e defecam nos apartamentos.
População teme riscos à saúde devido ao contato com as fezes.

Do G1 AL

A presença de pombos está preocupando moradores do Conjunto José Tenório, localizado no bairro da Serraria, em Maceió. Eles temem riscos à saúde porque, segundo especialistas, o contato com as fezes do animal é prejudicial devido a dois tipos de fungos que podem desenvolver doenças respiratórias como a pneumonia e até mesmo meningite, caso a pessoa esteja com a imunidade baixa.
Os pombos, que são considerados pragas urbanas, estão por toda parte do conjunto e se proliferam com facilidade. Eles não têm predador natural capaz de controlar a espécie. Em um condomínio do conjunto, eles se abrigam nos prédios e causam muitos transtornos.
Os moradores até colocam obstáculos para impedir que eles entrem, mas nem sempre isso funciona. De acordo com Manuella Rolemberg, professora e moradora do conjunto, os apartamentos não têm laje, apenas um forro de PVC e por isso os pombos entram no imóvel. “Defecam, urinam, e como o PVC vaza pela lateral. Então, mela os apartamentos e causa uma série de transtornos que já causou para os moradores. Na minha casa, é urina de pombo, fezes, pena”, disse.
A pintura de muitos prédios está manchada de fezes dos animais, que ainda provocam a deteorização da construção por serem ácidas. Mas este não é o maior problema. Ainda segundo Manuela, a presença dos pombos afeta a saúde dos filhos. “Eles vivem doentes. É crise de alergia constantemente e sabemos que essa é a grande causa”, finalizou a professora e moradora.
Os moradores do Conjunto José Tenório também reclamam dos vizinhos incômodos. Os pombos se alimentam de restos de lixo e se abrigam nas brechas das telhas. São tantos bandos que algumas aves acabam sendo atropeladas.
Para a presidente da Associação dos Moradores do Conjunto José Tenório e Adjacências, Cleonice Alves, os pombos encontram alimentos por causa das lixeiras a céu aberto. “As lixeiras deveriam ser embutidas nos muros e fechadas para evitar toda essa proliferação de pombos”, ressalta.
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Pombos no José Tenório. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Pombos no José Tenório. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
O morador Antônio Correia, disse que tentou procurar uma empresa para tentar solucionar o problema, mas os custos foram altos. “Me cobraram em torno de R$ 600 para pulverizar. Para fechar o telhado dos prédios, seria cerca de R$ 6 mil só para alugar um andaime para poder subir. E os moradores teriam que fazer um acordo”, explicou o aposentado.
Os pombos ainda são considerados problemas de saúde pública, pois transmitem bactérias e fungos prejudiciais ao aparelho respiratório, sistema nervoso e podem causar até problemas intestinais. Segundo os infectologistas, evitar o contato com o bicho é a melhor forma de evitar doenças.
Segundo o médico infectologista Renee Oliveira, legalmente é proibido matar os animais. "Deve-se impedir que eles fiquem próximos as residências. Evitando deixar lixo próximo e que eles tenham acesso à água", completou.

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