sexta-feira, 27 de junho de 2014

Menina com síndrome rara ganha 4 camisas e uma chuteira da Seleção


Família de Teresópolis, RJ, já iniciou rifa para custear o tratamento.
Maria Luíza, de 2 anos, tem síndrome de Rett e precisa fazer o therasuit.

Andressa Canejo Do G1 Região Serrana
Maria Luíza com uniformes doados pela Seleção Brasileira (Foto: Arquivo pessoal/Fernanda Ribeiro)Maria Luíza com os uniformes doados pela Seleção Brasileira (Foto: Arquivo pessoal/Fernanda Ribeiro)
A Seleção Brasileira entra em campo neste sábado (28) contra o Chile e promete deixar a torcida orgulhosa. Mas, para a pequena Maria Luíza, de 2 anos e 11 meses, o time de Scolari já deu o que a família da criança considera uma grande vitória. Portadora da rara síndrome de Rett, a menina precisa de um tratamento caro para não perder a único movimento que permite a sua mobilidade, o de engatinhar. Com a chegada do time à Granja Comary, a família de Maria Luíza tive a ideia de recolher o máximo de camisas, assinaturas e outros pertences dos jogadores para tentar arrecadar dinheiro, rifando o material doado, e finalmente investir no tratamento que pode evitar o avanço da síndrome.
Goleiro Júlio César e Maria Luíza em Teresópolis (Foto: Arquivo pessoal/Fernanda Ribeiro)Goleiro Júlio César e Maria Luíza em Teresópolis
(Foto: Arquivo pessoal/Fernanda Ribeiro)
Depois de ganhar a camisa do goleiro Julio César, autografada por 21 jogadores, dando início a campanha, Maria Luíza já ganhou uma camisa do David Luiz, a chuteira do meio-campo William e, nesta quinta-feira (26), antes da saída dos atletas da Granja Comary, ela foi contemplada com a camisa do goleiro Jefferson e do volante Luiz Gustavo, ambas autografadas pelos jogadores.
Os últimos presentes foram entregues aos pais, Luiz Antônio e Fernanda Ribeiro, após uma ligação de Jeferson pedindo que a família fosse nesta quinta à Granja Comary. Há um mês, a família Ribeiro acompanha todos os treinos da Seleção no intuito de conseguir o uniforme autografado. A cada retorno da Seleção para o Centro de Treinamento, aumenta a expectativa em ganhar uma nova peça.
William doa chuteira para Maria Clara (Foto: Arquivo pessoal/Fernanda Ribeiro)William doou a chuteira no último fim de semana
(Foto: Arquivo pessoal/Fernanda Ribeiro)
Tratamento de R$ 60 mil
A família vai fazer uma rifa com cada item para arrecadar R$ 60 mil. O valor vai custear o therasuit, uma modalidade de fisioterapia mais avançada que pode preservar movimento de engatinhar da menina.
As rifas das blusas de Julio César e do zagueiro David Luiz já começaram a ser vendidas. A do camisa 12 da Seleção, no valor de R$ 50, está sendo rifada pela internet. Quem quiser ajudar tem até o dia 31 de julho para participar. O sorteio será feito, somente, se 80% das rifas tiverem sido vendidas até a data. Do contrário, o prazo será estendido.

Já a rifa do uniforme do camisa 4 do time de Scolari, vendida na maneira convencional no papel, custa R$ 20. Os interessados podem entrar em contato com a mãe de Maria Luíza pelo telefone (21) 97417-3426.
Débora e Leandro com a escultura do Huck na campanha de Maria Luíza (Foto: Arquivo pessoal/Débora Santana)A cenógrafa Débora e o fisioterapeuta Leandro com
a escultura do Huck que divulga a campanha de
Maria Luíza (Foto: Arquivo pessoal/Débora Santana)
Todos juntos pela Maria Luíza
A campanha para ajudar a pequena Maria Luíza sensibilizou não apenas os jogadores da Seleção Brasileira, mas toda a cidade. A cenógrafa Débora Santana e o fisioterapeuta Leonardo Pinheiro tiveram a iniciativa de organizar uma festa julina aberta ao público, prevista para ser realizada no dia 19 em Bonsucesso. O objetivo é arrecadar mais dinheiro para o tratamento da menina. Todo o material e alimentos para o evento estão sendo doados pela população.
Além da festa, Débora também está promovendo outras ações para divulgar a campanha “Todos juntos pela Maria Luíza”. Uma escultura de três metros do atacante Hulk, instalada na frente da Granja Comary, carrega o cartaz sobre a mobilização em prol da pequena. Nesta sexta-feira (27) será instalada, também próximo à casa da Seleção, uma nova escultura de cinco metros de altura, que é um escudo que faz uma alusão à Seleção já com o título de hexacampeonato. Com a peça, a cenógrafa vai sugerir que as pessoas contribuam para a causa.
“Eu conheci a Maria Luíza no ano passado, quando fiz a festa de aniversário dela. Só depois que fui saber da doença. Este ano, quando soube da campanha, me sensibilizei. Como não tenho R$ 60 mil para dar para o tratamento, o que posso fazer é usar o meu trabalho. Então, eu e Leonardo estamos organizando a festa e uso as minhas esculturas para divulgar a campanha. Essa do escudo vou sugerir que as pessoas colaborem em dinheiro, com o que quiserem. Mas quem não tiver não será impedido de tirar foto”, explicou a cenógrafa.

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