Médico diz que 22 crianças aguardam por um leito especial, em Goiânia.
Há 21 dias no local, mãe de menina com hidrocefalia reclama: 'Não melhora'.
Mãe dorme em chão de hospital à espera de vaga
em UTI (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Mães de 22 crianças internadas no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia,
aguardam vagas para os filhos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs)
Neonatal e Pediátrica, segundo a unidade de saúde. Imagens registradas
por Vanessa do Nascimento Siqueira, que espera há 20 dias por um leito
para o filho recém-nascido, Gabriel Henrique, mostram outra mãe dormindo
no chão do hospital à espera da transferência.em UTI (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Vanessa conta que o seu bebê foi diagnosticado com pneumonia e está no berçário de autorrisco enquanto não consegue um leito especial. Ela afirma que uma enfermeira a orientou a procurar o Ministério Público Estadual (MP-GO) para denunciar a situação. No entanto, ela espera uma solução do hospital.
Na mesma situação de Vanessa está Paula Moreira, que aguarda há 21 dias uma UTI para filha de seis anos, Vitória de Deus. A menina, que tem hidrocefalia, também foi diagnosticada com pneumonia. “Ela está recebendo os cuidados, mas não está havendo melhora. A única coisa que eles sabem falar é que não tem vaga disponível. Cheguei aqui no dia 8 e estou até hoje com minha filha aqui na enfermaria”, relatou Vanessa.
Por meio de nota, a assessoria da Secretaria Estadual de Saúde explicou que as mães de crianças que aguardam por transferência para outras unidades dispõem de cadeiras de acompanhantes. "Essas mães, portanto, normalmente não dormem no chão", diz o comunicado.
O caso da paciente fotografada por Vanessa Siqueira, segundo a assessoria, foi diferente "porque trata-se de uma mãe que não quis se acomodar na cadeira e optou por se deitar no chão". De acordo com a secretaria, o Serviço Social e de Psicologia do HMI já foi acionado para verificar esse caso.
“Já foi solicitado para essas crianças uma vaga de UTI fora do Materno Infantil. Elas são atendidas na nossa sala, muito bem atendidas e cuidadas. A saída daqui depende de vaga fora Materno Infantil porque aqui não cabe”, justificou o diretor.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o pedido de vaga para Diogo foi liberado no domingo, mas o paciente não estaria mais no Materno Infantil e, por isso, a vaga dele foi excluída do sistema. Deliane nega que tenha saído da unidade de saúde, como alegou o órgão.
Sobre Vitória e Gabriel, a SMS afirma que estão na lista de prioridades, mas continuavam à espera de vagas até a manhã desta segunda-feira (30).
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