Garçom do ES que fez amizade com Camarões ganha presentes

Funcionário ainda mostrou pontos turísticos para os jogadores.
Seleção voltou para casa após perder para o Brasil por 4 a 1.

Do G1 ES, com informações da TV Gazeta

Funcionário usa, com orgulho, presentes do
camaroneses (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Poucos torcedores da Copa do Mundo 2014 tiveram a oportunidade de ficar tão perto de alguns dos ídolos do futebol mundial quanto o garçom Paulo Ricardo Coutinho. Ele, que trabalha no hotel onde a seleção de Camarões ficou hospedada, em Vitória, pode ver de perto o dia a dia dos africanos durante a estadia deles no Espírito Santo, numa relação que acabou se transformando em amizade e admiração. Na última terça-feira (24), antes da equipe embarcar de volta para a casa, o garçom recebeu pequenos presentes, mas que, para ele, têm um grande significado.
A seleção treinou para o mundial no estádio Kleber Andrade, em Cariacica, mas retornou para o seu país de origem nesta terça-feira (24), após perder para o Brasil por 4 a 1 e ser eliminado. Além da derrota para o Brasil, a seleção perdeu de 1 a 0 para o México e de 4 a 0 para a Croácia.
Na despedida, entre as lembranças dadas pelos jogadores ao garçom estão uma camisa, um boné autografado e uma munhequeira, além de fotografias que registraram o momento, inclusive com o craque do time, Samuel Eto'o.
O funcionário contou que o período que trabalhou com os camaroneses foi tão agradável que ele desejava que tivesse durado mais. "O meu propósito era que eles ficassem no Brasil para as oitavas de final, achei que se eles ficassem aqui mais tempo teriam gostado mais e conhecido melhor a cidade", explicou.

 

Paulo ainda contou que chegou a ser guia da delegação, mostrando alguns pontos turísticos capixabas do alto do Convento da Penha. "Mostrei a Terceira Ponte, o hotel onde eles estavam hospedados, a Ilha do Boi e do Frade, o shopping", relembrou.
Como os membros da equipe falam francês, ele utilizava a internet para fazer a tradução e conseguir se comunicar, mas os jogadores também arriscavam no português. "Sempre que eles chegavam aqui tentavam falar o português, mas ficava meio embolado", disse.
Outra característica que ficou marcada na memória do funcionário foram os pedidos feitos pela equipe, que sempre queriam consumidor produtos nacionais. "Às vezes pediam uma cerveja brasileira ou uma caipirinha. Queriam comer com amendoim", disse.
Depois de todos os dias de contato, o garçom revelou que a presença diária do camaroneses no hotel vai fazer falta. "A gente fica triste porque eles ficaram de fora da Copa e a gente vai sentir saudades deles, porque o hotel estava cheio. Agora, com o hotel vazio, a gente está meio chateado porque eles foram embora", finalizou.