Ricardo Bastos/Arquivo Hoje em Dia
Nova Lima está no topo do ranking mineiro de desenvolvimento municipal medido pela Firjan
A aposta em educação foi decisiva para dez cidades mineiras alcançarem o
topo no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) no Estado.
Nesse quesito, Minas congrega, na região Sudeste, o maior número de
municípios com alto grau de desenvolvimento: 255 (29,9% do total).
Com base nos indicadores de educação, saúde, emprego e renda, o IFDM
monitora o desenvolvimento socioeconômico nos 5.565 municípios do país a
cada ano.
Em relação a emprego e renda, no entanto, as cidades mineiras obtiveram
desempenho inferior, com classificações intermediárias (regular e
moderado).
O estudo, relativo a 2011 e divulgado pela Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro (Firjan), mostra também que Minas é o único
Estado do Sudeste com cidades que apresentaram baixo IFDM Saúde: 34.
Água Boa, de 15 mil habitantes, no Vale do Rio Doce, foi a única do
Sudeste com baixo desenvolvimento (0,3957).
Nova Lima liderou o IFDM em 2011, depois de ocupar a 4ª posição no ano
anterior. Uberlândia (Triângulo), porém, trocou o topo do ranking pela
6ª colocação.
Segundo o economista Jonathas Goulart, um dos autores do estudo, Nova
Lima elevou o número de consultas do pré-natal e registrou significativa
melhora no percentual de docentes com diploma superior no ensino
fundamental.
O prefeito Cássio Magnani diz que a cidade de 83 mil habitantes tem o
melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na Região
Metropolitana de Belo Horizonte e que o Programa Saúde da Família conta
com 16 equipes e abrange 85% da população.
Já Uberlândia, com 612 mil habitantes, apresentou recuo no índice de
emprego e renda, apesar de ter avançado em educação e saúde. Foi a única
cidade com queda no IFDM (-1,2%) no cômputo das dez melhores do ranking
no Estado. “Mesmo assim, está em alto desenvolvimento”, acrescenta
Goulart.
Para ele, a análise da evolução e do nível de desenvolvimento das
regiões mineiras revela as particularidades da desigualdade. O Norte do
Estado e os Vales do Jequitinhonha e Mucuri concentram a maioria dos
municípios com IFDM regular e baixo.
Economia dinâmica alavanca índices de saúde, emprego e renda
Presidente da Associação dos Municípios do Vale do Mucuri e prefeito de
Nanuque, Ramon Miranda justifica a inclusão de quatro cidades da região
na lista dos piores índices de desenvolvimento à total dependência do
FPM e da ausência dos governos estadual e federal.
Por outro lado, o crescimento puxado pelo dinamismo econômico se
transfere às áreas de educação e saúde, como se nota em regiões de maior
desenvolvimento, explica o economista da Firjan, Jonathas Goulart.
Um exemplo é Patos de Minas, no Alto Paranaíba, que saiu do 13º lugar
para a vice-liderança no IFDM estadual. Além de manter o nível de
atividade econômica, reduziu os percentuais de óbitos por causas não
definidas e de internações sensíveis à atenção básica. A oferta de
ensino infantil e a elevação da nota do Ideb também contribuíram.
Santa Rita do Sapucaí, no Sul do Estado, pulou do 15º para o 3º lugar.
Ampliou o atendimento à educação infantil, o percentual de professores
com diploma de ensino superior e a nota do Ideb. Na saúde, reduziu a
taxa de óbitos de menores de 5 anos por causas evitáveis.
Para o prefeito Jefferson Mendes, esse avanço se deve à cidade que
valoriza o diálogo e interação das culturas para melhorar a vida das
pessoas. Em especial, à inovação tecnológica e ao empreendedorismo nas
áreas do IFDM.
Em 4º lugar no ranking (antes era o 33º), Varginha comprova “a
estrutura de sustentabilidade, que passa por educação e saúde”, diz o
prefeito Antônio Silva. São mais de 10 mil estudantes na rede pública
municipal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário