quarta-feira, 28 de maio de 2014

Greve de rodoviários dificulta a vida de quem precisa sair de casa em Salvador


por
Maíra Côrtes
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Romildo de Jesus
Nos pontos, a espera pelo transporte alternativo
Nos pontos, a espera pelo transporte alternativo
A greve dos rodoviários que pegou a população de Salvador de surpresa na tarde da última segunda-feira, fez com que muitas pessoas evitassem sair de casa  durante todo essa terça-feira (27/5). Quem se arriscou, saiu sem saber como voltaria para casa, já que os únicos veículos que estavam fazendo transporte pareciam não atender toda a demanda da população.
A prefeitura chegou a garantir a saída de alguns ônibus das garagens sob escolta policial, mas em uma volta por diversos pontos da cidade, a equipe da Tribuna  constatou que não havia ônibus nas ruas. A auxiliar de serviços gerais Valdenice Silva Queiroz que teria que sair do trabalho às 7h, teve que ficar até as 15h porque alguns colegas não conseguiram chegar.
 “Já estou aqui há duas horas em pé, cansada, mas não passa nenhuma van para Vila de Abrantes, que é onde moro. Só passa para lugares aqui perto do Iguatemi”, contou. 
A vendedora Maria Aparecida Barreto conta que conseguiu chegar ao trabalho, mas não sabia que horas chegaria a casa. “Não sei que horas vou chegar em casa, já que não passa nenhum ônibus e as topics estão demorando a passar. Quando chegam não servem para mim”, disse a vendedora, que aguardava o transporte no ponto da rodoviária.
Mesmo tendo o transporte da empresa para retornar para casa, a auxiliar de limpeza Alexandra Santos, comentou de outros transtornos. “Eu até tenho como voltar para casa, mas o problema é o horário. Por causa da greve, ontem cheguei de madrugada em casa e hoje não deve ser diferente.
Cadê os passageiros?
Na contrapartida de quem precisava de transporte lugares longe do centro de Salvador, alguns motoristas de transporte alternativo também sentiam o efeito da greve com a baixa procura dos passageiros. Rodando desde as 15h, o motorista da van Gilberto Silva Souza e o cobrador Jeferson Santos reclamavam do movimento.
“Quem pensou que a gente ia lucrar com a greve pensou errado, pois o movimento está bem fraco. Acho que muita gente deixou de sair hoje”, revelou Jeferson, que fazia o itinerário Rodoviária-Pernambués. Dentro do veículo, apenas uma passageira que pagou R$ 3 pela passagem. Mas, apesar de ser R$ 0,20 mais caro do que o transporte convencional, ela ainda teve que aguardar a topic, com 17 lugares, encher para seguir viagem.

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