quinta-feira, 1 de maio de 2014

Alta do tributo da cerveja será maior do que o anunciado, diz Receita


Nesta quarta, o órgão informou que o valor será maior - 2,25% a partir de junho
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
CORREIO 24 HORAS

O percentual de reajuste das bebidas frias, que inclui cervejas, refrigerantes e isotônicos, será maior do que foi anunciado, informou nesta quarta-feira (30) a Secretaria da Receita Federal.
O Fisco informou na terça que o aumento nos tributos poderia levar a um reajuste médio de 1,3% nestes itens a partir de 1º de junho, quando a medida passa a vigorar. Nesta quarta, contudo, o órgão informou que o valor será maior - 2,25% a partir de junho. O valor novo já foi publicado nesta quarta no Diário Oficial da União, na portaria 221.
"Após ajustes na planilha divulgada, o montante de variação dos preços estimados no varejo aos consumidores poderá ser de até 2,25%, em média, e não 1,3%. Os números publicados nas tabelas da Portaria nº 221, de 29 de Abril de 2014, estão corretos e de acordo com o processo que tramitou para o encaminhamento da medida às instâncias decisórias", informou o órgão, citado pelo G1.
Quando o reajuste era o mais baixo, a indústria do setor de bebidas já  havia reclamado. A Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) afirmou que o aumento de impostos no produto foi de mais de 30% contando a partir de abril do ano passado, já contabilizando também a alta que acontecerá em junho.
A CervBrasil disse ainda que caberá a cada empresa decidir se fará e como fará o repasse de preço para os consumidores.
Justificativa
Ao G1, o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, garantiu que o aumento sobre as bebidas frias veio após decisão "eminentemente técnica". "É uma revisão de tabelas, eminentemente técnica, para restabelecer equilíbrio entre tributos e preços praticados, pois faz mais de dois anos que a tabela não é revisada. Não está ligada a nenhuma outra medida", afirmou, ainda na terça.
O secretário afirmou também que a expectativa do governo é que os empresários "absorvam" o aumento e que este não gere um repasse para os consumidores, aumentando o preço final das bebidas. 

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