quarta-feira, 30 de abril de 2014

Mesmo ainda liderando as pesquisas, candidatura de Dilma tornou-se aposta de risco


Todo os candidatos que disputaram a reeleição com soma de ótimo e bom igual ou inferior a 34% foram derrotados. Aprovação de Dilma está em 32%. A própria base governista busca planos alternativos.

BLOG IMPLICANTE
Dilma Rousseff3 Mesmo ainda liderando as pesquisas, candidatura de Dilma tornou se aposta de risco
As eleições de 2014 estão cada vez mais próximas dos pesadelos do PT. O governo de Dilma Rousseff, potencial candidata à reeleição, vem caindo na aprovação popular e nas pesquisas de intenção de voto, e vários especialistas já apontaram que ela não é mais favorita na disputa. Agora, o sociólogo e cientista político Alberto Carlos Almeida, do Instituto Análise, disse em entrevista à InfoMoney que a presidente já entrou em uma “zona de perigo” ao ver sua aprovação cair para 34%.
Ao ser questionado sobre o porquê de sua afirmação, Almeida explicou que ela está dentro do contexto das eleições para governador.
Existe uma certa equivalência entre o eleitor e o representante quando se trata de governador e presidente. São cargos distantes do eleitor, então a avaliação é mais impessoal. Nos casos estudados (de 1994 a 2010), 100% dos governadores que disputaram a reeleição com a soma de ótimo e bom igual ou maior do que 46% foram reeleitos, enquanto 100% dos governadores que disputaram a reeleição com soma de ótimo e bom igual ou inferior a 34% foram derrotados.
Segundo ele, com uma aprovação de 32%, Dilma não tem mais gordura para perder nas avaliações, o que tira dela o favoritismo na eleição. E o governo está ciente disso: a cúpula de sua pré-campanha mudou de estratégia e agora está focada em fazê-la parar de cair nas pesquisas.
Integrantes do governo e do PT já não escondem alguma apreensão no front eleitoral. Nos bastidores, enxerga-se pouca “margem de manobra” para combater não só o declínio nas sondagens eleitorais, mas o sentimento “difuso” de pessimismo que hoje atinge uma boa parte do eleitorado. Há viés de baixa na avaliação das principais áreas da administração dilmista.
Com esse cenário de incerteza, e sem muitas perspectivas de melhora, alguns aliados de Dilma têm constrangido a presidente ao pedir a candidatura de Lula.
A bancada do PR na Câmara dos Deputados lançou um manifesto com um apelo para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre na corrida presidencial como candidato no lugar de Dilma, argumentando que ela não é preparada como ele para fazer a economia do país voltar a crescer com vigor.
Enquanto isso, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD), que havia declarado apoio a Dilma em novembro, organizou um jantar em seu apartamento com os tucanos Aécio Neves, candidato do PSDB à presidência, e José Serra. Aécio afirmou que foi apenas um encontro entre amigos, mas a movimentação preocupou o PT.
Na cúpula do PT, a movimentação dos dois partidos preocupa porque expõe a fragilidade da presidente e estimula os defensores da volta de Lula à disputa eleitoral, num momento em que a popularidade da presidente está em queda e a insegurança da população com os rumos da economia está crescendo.
Com todos esses pedidos por sua candidatura, e com Dilma isolada e sem apoio dentro do partido, Lula tem precisado responder questionamentos a respeito dessa possibilidade. De acordo com o blog de Gerson Camarotti, ele teria dito, em recente viagem pelo interior paulista, que isso “não é justo com a Dilma”; e, em entrevista a uma emissora de TV portuguesa no último fim de semana, reafirmou apoio à presidente.
Mas toda essa conjuntura desfavorável a Dilma e ao PT, que certamente prefere não correr riscos, de certa forma corrobora a afirmação da colunista Joyce Pascowitch, que dá como certa a candidatura de Lula.
O alto empresariado brasileiro, que tinha dificuldade em dialogar com o Planalto, pode começar a ficar mais tranquilo. O candidato do PT à Presidência da República deverá ser mesmo Lula. Ele já deu como certa nesse fim de semana, para amigos mais próximos, sua intenção de voltar ao posto. No PT, a decisão é vista com bons olhos, já que o partido não concorda com várias posições da presidente Dilma Rousseff.

Embora o veículo no qual a notícia foi veiculada seja mais preocupado em transmitir fofocas, possui certa entrada no meio político, e, diante das circunstâncias, essa informação não deve ser totalmente descartada. Mesmo porque há o risco de ter sido “plantada” por alguma ala opositora dentro do próprio governo Dilma. Via assessoria, em resposta ao Glamurama, Lula novamente negou a candidatura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário