A menor preocupação com a inflação e o desemprego não foi suficiente
para alterar o estado de espírito do consumidor, que se manteve
pessimista em abril, pelo terceiro mês consecutivo. A informação é do
Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado nesta
segunda-feira, 28 de abril, pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI). O Inec registrou 108,7 pontos em abril, praticamente o mesmo
valor dos dois meses anteriores (0,1% abaixo de março e fevereiro). Na
comparação com abril de 2013, recuou 3%. O índice permanece no menor
patamar desde junho de 2009, quando o levantamento ainda era realizado
trimestralmente (o Inec passou a ser divulgado mensalmente em março de
2010).
A estabilidade do Inec ocorreu por conta de movimentos contrários de
seus seis componentes. Se por um lado as expectativas de inflação e
desemprego se tornaram menos preocupantes e a avaliação do
endividamento, mais positiva, do outro as perspectivas com relação à
própria renda e sobre compras de maior valor foram mais pessimistas.
Em abril, a preocupação do consumidor com a inflação e o desemprego
foi menor do que em março - os dois índices subiram 1,5% e 2,5%,
respectivamente (quanto menores os índices nos dois componentes, maior o
percentual de respostas pessimistas, ou seja, maior a expectativa de
aumento de inflação e de desemprego). Ambos os índices interromperam
trajetórias de queda que superavam 10% nos últimos meses. Apesar disso, a
preocupação do consumidor com a inflação e o desemprego continua
elevada: os índices encontram-se 7,8%(inflação) e 11,3% (desemprego)
abaixo do registrado em abril de 2013.
Já os índices de expectativa da própria renda e de compras de bens
de maior valor recuaram 1,9% em abril sobre março. Enquanto o índice de
expectativa com relação à própria renda está 2,4% abaixo do registrado
em abril de 2013, o de compras de bens de maior valor está 1,1% acima na
mesma base de comparação.
Realizada em parceira com o Ibope Inteligência, essa edição do Inec
ouviu 2.002 pessoas entre 10 e 14 de abril em 140 municípios.
Segmento atacadista fatura R$ 197,3 bi em 2013, diz associação
O segmento atacadista e distribuidor brasileiro cresceu 4,4% em 2013
em comparação com o ano anterior, atingindo faturamento de R$ 197,3
bilhões. Em termos nominais, a alta foi 10,6%. O dado foi divulgado hoje
pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad).
O segmento, responsável por 52% de tudo que é movimentado no mercado
mercearil nacional foi 2,1 pontos percentuais superior à evolução do
Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. O mercado mercearil compreende
produtos de uso comum das famílias, tais como alimentos, bebidas,
limpeza, higiene e cuidados pessoais.
Segundo o presidente da Abad, José do Egito Frota Lopes Filho, o bom
resultado das empresas reflete a disposição do consumidor em adquirir
bens não-duráveis.
- Observamos que este consumidor substitui produtos e é mais
exigente e criterioso, mas não abriu mão do seu poder de compra, até
porque o emprego e a renda continuam em patamares elevados - disse ele.
Para este ano, a associação estima alta de 3,5% em termos reais na comparação com 2013.
Com informações da Agência Brasil
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