por
Daniela Pereira
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Apesar disso, Mário Pithon, presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Salvador, garante que outros fatores também contribuíram para o reajuste do pão. “Atualmente um saco com 50 quilos de farinha está ultrapassando R$ 100 e ainda pode aumentar mais, porém não podemos dizer que apenas um motivo provocou o reajuste, mas sim um conjunto de fatores. Tivemos um aumento de 16% na conta de energia para os empresários, além de aumentos no IPTU e na mão de obra. Sem contar que ainda teremos um aumento na conta de água também”, enumerou.
Baianos já reclamam do aumento
A notícia de ter que desembolsar um valor maior para adquirir o “pão nosso de cada dia” não agradou os baianos. A maioria reclama dos constantes aumentos nas tarifas, inclusive nos alimentos. “O salário aumenta, mas junto com ele tudo aumenta também. Desse jeito a gente não aproveita nada”, reclamou a dona de casa, Carmen Leite, 54 anos.
Diante dos preços tem gente que já pensa em substituir o pão por outros alimentos. “Estou em um processo de emagrecimento e estou evitando comer pães. Com esse aumento é que nem passo por perto deles. Prefiro uma fruta ou batata doce”, disse a estudante de odontologia Letícia Galvão, 22.
Segundo Cleton Souza, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado da Bahia (Sintrapan), apesar dos baianos cogitarem a possibilidade de substituição do pão, ele ainda é um dos alimentos mais presentes na mesa da população. “O consumo ainda é ativo, mas depende de bairros e regiões. Ainda é o único alimento que vai desde a classe baixa ou escalonado especial”, afirmou.
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