| 01 Abril 2014
Media Watch - Mídia sem Máscara
Media Watch - Mídia sem Máscara
No dia que marcou os 50 anos da
intervenção militar no Brasil, um dado fornecido pelo instituto de
pesquisa Datafolha foi repetido e destacado à exaustão: 46% dos
brasileiros apoiam a anulação da Lei da Anistia (“Democracia e Ditadura” - Datafolha, 31 de Março de 2014).
Exemplo. Portal G1 (o destaque em vermelho é meu).
Destacar este dado em um
contexto de maciça publicidade revolucionária – com décadas de uma
falsificação da história ditada nas universidades e nas escolas,
consagrada pela imprensa e repetida por “intelectuais” e formadores de
opinião - significa alarmar o público leitor para o fato de que uma
parcela significativa da população exige punição para os militares.
No entanto, um item da pesquisa Datafolha – diretamente relacionado à informação apresentada – é omitido.
“Informados de que são acusados de tortura, assassinato e sequestro tanto membros do governo, que defendiam o regime militar, quanto militantes de esquerda, que combatiam o regime militar, 80% DOS FAVORÁVEIS À REVISÃO DA LEI DA ANISTIA avaliam que DEVERIAM SER JULGADOS por crimes TANTO ex-membros do governo QUANTO MILITANTES DA ESQUERDA que tenham cometido crimes” (p. 05 – os destaques são meus).
Isto quer dizer que a maioria esmagadora dos que são favoráveis à
revisão da Lei da Anistia – 80%, sim, 80% -, quando é informada que os
militantes de esquerda cometeram crimes, afirma que eles - os
revolucionários – DEVEM SER JULGADOS como os militares. Portanto, este
item da pesquisa diminui a importância dada àquela informação inicial;
compromete o efeito persuasivo que se quis gerar ao destacá-la. E mais.
Demonstra que a população se oporia à diretriz dada à Comissão da
Verdade se soubesse qual é de fato o seu propósito: sob o pretexto de
investigar as violações dos direitos humanos durante o Regime Militar,
promover a autoglorificação revolucionária e consagrar uma MENTIRA como a
história oficial do país. E recusaria a própria revisão da Lei da
Anistia, sabendo que ela é uma proposta forjada pelos próprios
militantes da esquerda para punir somente os militares.
Enfim, a FALSIFICAÇÃO da história é
reforçada pela OCULTAÇÃO ardilosa. Porque se a população souber dos
CRIMES cometidos por aqueles que são apresentados como “heróis da
nação”; se souber que eles não combatiam o Regime Militar coisíssima
nenhuma, mas lutavam antes mesmo que ele fosse instaurado para
transformar o Brasil em uma república socialista-comunista, com o apoio,
financiamento e armas de agentes internacionais – ela exigirá
julgamento para eles também. Mas nada disso foi abordado no dia 31 de
Março. É uma amostra de que a “conscientização” que estes mesmos
“idealistas” pregam para a “libertação do povo” é uma farsa. Eles de
fato se sustentam na mentira e constroem o seu poder na ignorância da
população.
Golpe contra a História
Técnicos que realizaram a exumação dos restos mortais de João Goulart são apresentados ao público (Novembro/2013).
A “memória”
cultural que circula para relembrar 1964 é uma falsificação. O que se
lê, o que se vê, o que se ensina nas escolas e universidades é
predominantemente uma peça panfletária. Uma versão dos fatos forjada
pelos revolucionários, que depois de perderem o embate direto naquele
episódio recorreram a uma estratégia lenta e sorrateira para derrotar os
seus “inimigos”: a própria subversão cultural. O sucesso desta
estratégia é comprovado não só pelas conquistas eleitorais, mas
sobretudo pelo domínio dos meios de ação, com os quais os
revolucionários se arrogam legitimados a consagrar a história
falsificada que eles mesmos fabricaram, proclamando-a através de uma
“Comissão da Verdade”. Nesta ficção, João Goulart é inegavelmente um dos
protagonistas.No final 2013, uma sessão solene no Congresso Nacional estabeleceu a “devolução simbólica” do mandato de Jango. Pretendia-se corrigir uma injustiça cometida. O ex-presidente fora vítima dos “golpistas” por manifestar a intenção de promover “reformas de base” em favor do “povo”. Uma atitude nobre, na qual os militares viram, de forma “paranoica”, uma “ameaça comunista”.
Flávio Tavares, no entanto, narra algo que corrói imediatamente a imagem insigne criada para vestir João Goulart. O que conta o revolucionário – que hoje atua disfarçado de jornalista e escritor - faz do “herói” um autêntico TRAIDOR da nação.
Em 1962 – isto é, durante o governo de João Goulart e, portanto, em um sistema dito “democrático” - o Serviço de Repressão ao Contrabando destruiu POR ACASO o plano das Ligas Camponesas de formar um campo de treinamento no interior de Goiás.
Encontrou algumas armas e muitas, muitas bandeiras cubanas, retratos e textos de discursos de Fidel Castro e do deputado pernambucano Francisco Julião, manuais de instrução de combate, além dos planos de implantação de outros futuros focos de sabotagem e uma minuciosa descrição dos fundos financeiros enviados por Cuba para montar o acampamento e todo o esquema de sublevação armada das Ligas Camponesas noutros pontos do país (ROLLEMBERG, 2001, p. 25).
Todo o material apreendido comprovava a incursão de Cuba no Brasil. Fidel Castro – com o objetivo de fomentar a revolução SOCIALISTA-COMUNISTA, e sustentado pela União Soviética – fornecia armas e dinheiro, dava instruções e promovia a formação no combate de guerrilha com a implantação de campos de treinamento com fazendas compradas em Goiás, Acre, Bahia, Pernambuco, Maranhão, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul (ROLLEMBERG, 2001, p. 24).
Diante da intervenção estrangeira armada, qual foi a atitude de João Goulart, o Presidente da República? Tomou imediatamente a posição de defender o território nacional? Não. Ele entregou toda a documentação para o “inimigo”, para um ministro cubano!
O ministro cubano despediu-se de Jango e tomou um avião da Varig para chegar ao México e, de lá, retornar a Havana. Nunca chegou, porém. Antes de aterrizar na escala em Lima, no Peru, o Boeing caiu e morreram todos os passageiros. A pasta de couro em que o ministro Zepada levava a documentação foi encontrada entre os destroços e entregue à CIA norte-americana, que divulgou os documentos num carnaval acusatório a Cuba pelas três Américas (apud ROLLEMBERG, p. 26).
Jango descumpriu CRIMINOSAMENTE o dever de – como Presidente da República – proteger o país e garantir a sua segurança interna (Cf. CF 1946, art. 89, I, IV). Ele TRAIU a nação. Isto bastaria – independentemente de qualquer outra atitude ou das relações espúrias que mantinha - para retirar-lhe o mandato.
Mas a História transformou-se em instrumento de autoglorificação. Não importa a pesquisa, a investigação, nem o estudo. O objetivo é costurar uma narrativa que consagre a ascensão do poder revolucionário. João Goulart é parte desta mitologia. Um personagem construído com a espetacularização da exumação dos seus restos mortais: contratação de empresas de eventos; peritos – entre eles um cubano - apresentados ao público como elementos de ficção científica; a condução solene dos despojos, que não se sabe sequer se são mesmo do ex-presidente, pois os “competentes” peritos erraram por duas vezes a retirada deles. O ato final desta peça – a cerimônia no Congresso Nacional que consagrou Jango “herói da nação” - tinha à frente a atual Presidente da República. Dilma Rousseff. Ela, que participou de grupos terroristas durante o Regime Militar com o propósito de fazer do Brasil um país SOCIALISTA-COMUNISTA pela força das armas. Um desfecho disparatado que expõe a fraude construída para recordar os 50 anos da intervenção militar no Brasil. Este 31 de Março marca um autêntico golpe – um golpe contra a História.
Referência:
ROLLEMBERG, Denise. “O apoio de Cuba à luta armada no Brasil”: o treinamento guerrilheiro. MAUAD: Rio de Janeiro, 2001.
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