Cheia histórica do Rio Madeira, em Rondônia, traz prejuízos para o Acre.
"Tomate está virando diamante", diz dona de restaurante em Rio Branco.
Demanda é muito grande, dizem varejistas (Foto: Rayssa Natani/G1 )"Procuramos deixar a loja mais bem apresentada possível, com os produtos que temos em estoque, para não dar a impressão de vazio. Mas o consumidor sente, não tem para onde correr. Por mais que a gente amenize de um lado a situação, ele vê que aquilo que é consumido diariamente está em falta", diz o gerente de um dos supermercados da rede Araújo, na capital, Josenilton Aguiar.
A maior dificuldade continua sendo os hortifrutigranjeiros, apesar do apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), que já realizou o transporte de 350 toneladas de produtos de Porto Velho (RO) para o Acre. No total, foram 51 voos, desde o dia 24 de fevereiro. "A demanda é muito grande e a quantidade que chega pelos aviões da FAB é insuficiente para abastecer as lojas", comenta Aguiar.
hortifrutigranjeiros continua sendo principal problema (Foto: Rayssa Natani/G1 )No supermercado Gonçalves, além dos hortifrutigranjeiros, há deficiências de enlatados, laticínios e cereais. A preocupação atual também é com a Páscoa, que se aproxima. "Nós estamos com uma dificuldade grande com a questão dos ovos da Páscoa e na parte de laticínios. A parte de cereal, que seria arroz, feijão etc, temos estoque para 15 dias", diz Ribamar Santos, administrador do setor de vendas.
'Consumidor sente', diz gerente de supermercado (Foto: Rayssa Natani/G1 )"Por mais que abra o porto provisório a quantidade de veículos que vão passar ainda é muito pequena. Vai amenizar, mas não vai normalizar", acredita Josenilton Aguiar.
"Tomate está virando diamante", diz dona de restaurante
Proprietária de restaurante, Vanúcia Carvalho está fazendo o possível para não aumentar o preço das marmitas que vende. No entanto, diante da falta de alguns alimentos, ela admite que um reajuste será inevitável. "Para manter a qualidade das minhas marmitas, está muito complicado. Antes eu não cobrava taxa de entrega, agora eu estou tendo que cobrar. No mês que vem devo aumentar o preço das minhas marmitas em R$1 ou R$2. Já até falei com meus clientes", diz.
Ela conta que no domingo (23) teve que percorrer ao menos três supermercados para encontrar todos os produtos de que precisava. "A gente precisa ir em vários supermercados, porque em um não tem um produto ou outro. Produtos que não têm de jeito nenhum nos supermercados é ovo, feijão, não tem leite de caixinha, nem frutas. Tomate quando tem está virando diamante", desabafa
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