Tiro no pé – É cada vez
mais grave a situação de Dilma Rousseff no imbróglio da aquisição da
refinaria de Pasadena, no Texas. A presidente tentou se explicar, por
meio de nota divulgada pelo Palácio do Planalto, mas acabou se
complicando sobremaneira, pois no documento ficou patente a sua
incompetência, derrubando o mito da “gerentona” lançado por Lula, que
igualmente é responsável pelo escândalo.
Dilma explicou na nota palaciana que
como presidente do Conselho de Administração da Petrobras autorizou o
negócio com base em laudo técnico “falho”, mas a petista está sendo
desmentida a cada instante. Ex-presidente da Petrobras, o petista José
Sérgio Gabrielli disse que as cláusulas contratuais, ora objeto de
questionamentos, são consideradas normais em negócios dessa natureza, ao
mesmo tempo em que afirma que Dilma não foi enganada, como quer fazer
acreditar a chefe do governo.
O detalhe nessa queda de braço passa
pela saída de Gabrielli do comando da empresa, posto que alcançou por
indicação do então presidente e lobista Luiz Inácio da Silva. José
Sérgio Gabrielli deixou a Petrobras na esteira da faxina que Dilma
tentou fazer no governo tão logo chegou ao Palácio do Planalto, cedendo o
cargo à atual presidente da petroleira, Maria das Graças Foster. E os
brasileiros podem esperar, porque nesse chumbo trocado muitas serão as
balas perdidas.
Outro envolvido no imbróglio que pode
complicar a vida da presidente da República é Nestor Cerveró, ex-diretor
da área internacional da Petrobras e responsável pelo laudo técnico que
Dilma considerou “falho”. Cerveró, que entrou de férias na última
quarta-feira (19) e viajou para a Alemanha, já enviou recados ao Palácio
do Planalto, por meio de interlocutores, que não será o bode expiatório
do escândalo e muito menos pagará a fatura sozinho. Ou seja, se for
arrastado para o olho do furacão, Nestor Cerveró deve levar muita gente a
tiracolo.
Acontece que a tentativa de Dilma de
colocar a culpa no colo de Nestor Cerveró não deu certo, pois apesar de
toda a confusão ele foi remanejado e, segundo análise do mercado, acabou
sendo beneficiado por uma promoção. Ele deixou a área internacional da
Petrobras e assumiu a diretoria financeira da BR Distribuidora.
Por fim, a derradeira ameaça a Dilma e
ao Partido dos Trabalhadores atende pelo nome de Paulo Roberto Costa,
preso na quinta-feira (20) pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato.
Costa, que fora procurado pela PF de ter recebido um automóvel do
doleiro Alberto Youssef, é acusado de tentar destruir provas que
supostamente o ligam ao esquema criminoso que teria lavado US$ 10
bilhões.
O que o Palácio do Planalto não
considerou é que Paulo Roberto Costa sabe demais sobre os bastidores da
Petrobras e seu suposto envolvimento com a quadrilha desbaratada pela
Polícia Federal pode esconder detalhes escabrosos de financiamento
paralelo de algumas campanhas políticas. Fora isso, Paulo Roberto Costa
gravitava com muita intimidade na cúpula de partidos da chamada base
aliada. Como noticiou o ucho.info na edição de quinta-feira, faltarão
camburões para levar os envolvidos para a cadeia caso Paulo Roberto
Costa resolva contar o que sabe.
De Ucho. REVISTA DA SOCIEDADE MILITAR
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